quinta-feira, 29 de agosto de 2013

RECONHECENDO AS VOZES MINISTERIAIS

“E Ele deu uns como apóstolos, e outros como profetas, e outroscomo evangelistas, e outros como pastores e mestres”.Ef. 4:11.

Se visualizássemos o Reino de Deus como se fosse uma empresa secular, provavelmente a veríamos com a seguinte espinha dorsal: Deus – proprietário;Jesus – Diretor Geral; Espírito Santo – Diretor Executivo; a igreja – departamentos;membros – funcionários; ministérios – cargos e patentes; porém com uma característica diferenciada: nós, os funcionários, ficaríamos trabalhando para sempre satisfeitos com a nossa função e não pensaríamos em promoções, nem aumento de salário, pois esta empresa – reino não visa o sucesso pessoal do funcionário para fins de promovê-lo (Mt. 20:24-28) mas sim coletivamente para fins de crescimento; nem aumento de ganho financeiro (Is. 55:1-21Tm 6:7-8), nem uma vida confortável (2Ts1:4-12).

Nesta empresa – reino, os critérios do Diretor - Geral para nomeação de cargos e patentes também não obedecem aos conceitos padrões; conforme o texto chave, parece não haver nada relacionado com o desempenho profissional do funcionário, mas uma determinação sem “padrões” do Diretor – Geral Jesus Cristo! Também podemos entender, segundo o texto de 1 Cor. 12:28-31, que existe um grupo de pessoas atuando num primeiro escalão e outros em um segundo. Não em importância, mas em responsabilidades. O texto fala que estes são os mais zelosos, quer dizer, aqueles com dedicação ardente, pontualidade e diligência em qualquer serviço. Por exemplo, são aqueles que ficam horas depois do “expediente”; eles acabam levando o serviço para casa a fim de colocar tudo em dia, e quando convocados estão sempre presente! (2Ts3:7-10).

Mas o que poderíamos dizer sobres os critérios de nomeação, vejamos um exemplo:

Temos um irmão – funcionário servindo o reino por vários anos em algum dos inúmeros departamentos – igrejas. Ele vê um recém convertido logo sendo nomeado para o evangelismo, e de repente o ministério deste explode em progresso, vira resultado, afinal esta empresa-reino tem um objetivo: Fazer com que um número maior de pessoas venham a participar dela um dia. Para que isto fosse possível um alto preço de investimento foi pago (1 Cor 6:20; 7:22-23; Apoc. 5:9; 14:4). Logo o novo funcionário começa a ser convocado para anunciar aqui, ali; viajar com todas as despesas pagas pela empresa – reino para lá e acolá, e aí você está pensando: Que reino é este? Você não entende! Parece que tudo funciona ao contrário do padrão? (Mt. 23:8-12). E outras perguntas podem surgir: Mas se Jesus é quem nomeia os seus ministros então como posso saber se não sou um nomeado?

Veja comigo em 2 Cor. 5:17-18 e medite um pouco nestes versículos. Meditou? É, isto é zelo da Palavra de Deus! Na parte ‘b’ do vs 18 nos diz o Diretor – Geral: “... e nos confiou o ministério da reconciliação...” isto quer dizer que um ministério nos foi dado! Quando? Quando me tornei uma nova criatura (vs 17’a’). Qual ministério? O da reconciliação! O que é isto? O mesmo ministério de Cristo quando veio em carne! Não entendi! Simples, em Col. 1:20 encontramos: “...havendo por Ele (Jesus) feito a paz, pelo seu sangue da cruz (investimento), por meio dEle (Jesus) reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra como as que estão no céu.”

É justo que se Jesus foi o primeiro a dar sua vida pela empresa – reino ao Pai é natural que Ele seja o Diretor – Geral, porém nós ainda nem assumimos, de fato, nosso primeiro ministério, o da reconciliação, como também nem demos nosso suor (quanto mais o sangue!) a fim de gerarmos lucros (almas -Heb. 12:1-4) para quepossamos querer buscar qualquer outro! Onde você pensa que vai? Quais outros dons e ministérios você pensa que Deus vai lhe dar? Também neste sentido, façamos uma auto-análise, se estamos trabalhando por dedicação ou por “pressão”. Só o primeiro motivo pode revelar o autentico ministro! A Palavra de Deus nos convoca para este ministério, mas é necessário que ele se faça ardente em nossos corações, e não menos do que isto para que se cumpra o texto de At 2:47 “... e cada dia acrescentava o Senhor os que iam sendo salvos”.

E como saber se já recebi este ministério? Ou seja, o de reconciliar o pecador com Deus? Então lhe respondo com outras perguntas: Você já se tornou uma nova criatura? As coisas da tua vida velha, a velha natureza, não te dominam mais? Tudo se fez novo em tua vida? Tudo o que você fazia na empresa – mundo já foi rompido (1 Jo. 2:15-16; Tia. 4:4) e decididamente sua carteira – vida foi dado baixa da empresa anterior? (Rom. 6:6-7; Gal. 2:20; 5:24; 6:14). Se as respostas forem sim, não há duvidas, você já possui este ministério da reconciliação!

Mas talvez você me diga que algumas destas perguntas ainda não podem ser respondidas afirmativamente, porém o teu líder lhe conferiu um “ministério” dentro do templo de tijolos, usando conhecidos chavões religiosos: "Deixa "deus te usar meu irmão", ou, "vamos fazer a "obra", aí eu te aconselho a refletir melhor a respeito e tomar logo uma decisão, porque na seqüência do cap 5 de 2 Cor vem o cap 6 no vs 3 advertindo: “... não dando nenhum motivo de escândalo para que o nosso ministério não seja censurado (reprovado)” (grifos nossos). Tanto você, quanto o seu líder, podem vir a serem reprovados e as conseqüências são penosas para a empresa – reino (Mat. 16:23; 18:6-10). A propósito, não se esqueça: Quem nomeia ministérios é o Diretor – Geral Jesus Cristo, é a Palavra dEle que te credencia para o ministério! Algumas crises em alguns departamentos – igrejas são causados por líderes que não discernem as vozes ministeriais e alguns irmãos, na empolgação de fazerem algo para o Reino, são lançados ao serviço sem o devido credenciamento de Deus. Isto é usurpar o direito, é perverter o conselho, é desejar para si uma função que não lhe pertence (1 Sm 15:10-31)!

Quero restabelecer alguns princípios – fundamentos hoje aqui. Sem o exercício do ministério da reconciliação, que nos foi confiado no momento do novonascimento (Jo 3:3-5), e não no da justificação, não haverá outros ministérios a serem recebidos! Antes seja o motivo do teu crescimento em função do reino, não movido por impulso humano e emocional e nem sucesso pessoal (Luc. 13:6-9; 1Pe 5:2).Aqui quero alertar para algumas influências humanas a fim de nomear ministérios além do que já temos recebido do Senhor. Às vezes, o casal é nomeado, por líderes sem discernimento, para um ministério, quando na verdade Deus só tem chamado ele ou ela. Neste caso, não há a mínima condição deste ministério ter sucesso (2Cor.6:14). Julgo é “peso” ou responsabilidade, e se não houver equilíbrio na distribuição do peso não se realiza com produtividade e eficiência! Se eu tenho sido chamado, mas minha esposa não, não posso ministrar ainda! Devo esperar até que ela seja também chamada e nomeada! Deus nos fez ambos uma só carne! Pois muitos são chamados, mas poucos têm sido escolhidos e nomeados! Se minha namorado(a) ou noivo(a) não tem chamado, é melhor eu esperar para me casar ou esperar no Senhor alguém  que tenha o chamado, com certeza isto será melhor e muito mais frutífero!

Sobre manipular ministérios quero fazer uma pergunta: você já ouviu falar de um lugar que forma pastores, evangelistas ou mestres? Sim, nas faculdades de teologia e nos seminários bíblicos. E onde são formados os apóstolos e os profetas?

Agora observe Ef. 2:19-21. Medite! Felizmente o homem não conseguiu fazer um lugar que possa formar apóstolos e profetas. Apesar de muitos se intitularem como tais, mas negarem o caráter apostólico e profético com suas vidas (1Cor. 4:9-14) de ambição, ainda estápreservado um remanescente fiel! Glória a Deus! (1Re 19:14,18). A única ambição destes ministérios é revelada no texto acima de 1 Cor:fazer a empresa – reino crescer e permanecer em unidade a fim de se tornarem morada de Deus! Aleluia!

Devido a uma grande influência humana e em alguns casos,satânica, os cinco ministérios podem vir a serem corrompidos. Entenda, podem, e não quero fazer distinção entre ministérios colocando uns acima de outros, isto fere o princípio de Efésios 4:4-7, onde a unidade, humildade e mansidão são as ligaduras entre os cinco ministérios. Não haverá nunca ministérios superiores e inferiores, porém quero alertar para agrande brecha de corrupção que temos aberto quando influenciamos pessoas para ministérios!

Alguns textos são claros a respeito destas corrupções. Veja 2Cor.11:4,13; Mat. 24:11; At. 8:14-24; 2Tm. 4:3; 2Pe. 1.1; Jd12; enfim, todos os cinco ministérios podem vir a se corromper, a Palavra já nos tem falado, mas quero principiar um filtro de corrupção. Veja: o modus operandi, não o resultado em números de uma obra, esse dirá se há corrupção (Ed 4:4-5; Ne 4:7-8; Zac 3:1; At. 13:8; 18:5-6: 1 Cor. 16:9; 2 Tm. 3:8; 4:14-15; 3Jo 9-12)! É neste aspecto que temos que ativar o filtro contra a corrupção dentro dos ministérios. Nunca uma palavra de sabedoria pode vir de Deus e ao mesmo tempo contrariar um princípio das Escrituras. Se isto ocorrer, este ministério está corrompido! Não é Deus falando! (Fil 1:15). Segundo este texto a obra não pode ser impedida de continuar, mas como afirma o apóstolo no vs 20: “eu não me deixarei ser confundido”. Cuidado irmão para não ser contado com aqueles que muito fizeram em nome de Jesus e não foram reconhecidos pelo mesmo Jesus na eternidade (Mt 7:22-23)! Fica aqui o oposto do ditado popular que diz “os fins justificam os meios!” Na empresa – reino isto pode ter conseqüências de demissão com justa causa!

É neste aspecto de filtragem que entra os ministérios apostólicos e proféticos lançando fundamentos retos para que o reino cresça. Estes não estão comprometidos, diretamente, com o crescimento quantitativo, este é do evangelista, mas qualitativo, ou seja, venha o crescimento, o cuidar e o ensinar (evangelistas, pastores e mestres) e fundamentar e fiscalizar o crescimento, aos ministérios apostólicos e proféticos! Para que todo o corpo venha a ser ajustado, bem ligado pelas juntas, a fim de não se dividirem (divisões eclesiásticas) (Pv. 29:18), nem se romperem! Estes ministérios não visam divisão, não tocam em ovelhas (Jer. 23:1-4), não as machucam nem as excluem do rebanho, pois não são estas as suas funções, mas a de consolar, edificar e animar(exortar) (1 Cor. 14:3). Se não tiver este caráter é um ministério corrompido! (At. 2:42;1Cor.3:4-14). Fica entendido que uma pessoa pode ter vários ministérios, porém Deus não permitiu a auto-suficiência, pois um membro do corpo não consegue fazer tudo sozinho (1Cor. 12:27-30)!

Outra característica apostólica e profética é que eles vêm sem credenciais. Não tem títulos, nem distintivos, nem diplomas, na verdade eles se misturam no meio da empresa – reino, e geralmente trabalham em equipe, porém as suas vozes podem ser ouvidas a distancia e quando são identificadas pela religião (pelos templos), logo são banidas do meio (2 Cor 10:8-18)! Queremos advertir a termos discernimento espiritual a fim de reconhecermos as vozes ministeriais, sabendo que todas elas vêm acompanhadas de uma prerrogativa: Cuidam da reconciliação (2 Cor. 5:18). Na empresa – reino funciona assim: “Deus chamou as coisas loucas para confundir os sábios, e Deus escolheu as coisas fracas do mundo para confundir as fortes; e Deus escolheu as coisas baixas, desprezíveis, e as que não são para reduzir a nada as que são!” (1 Cor. 2:27-28). Tudo funciona ao contrário! Se o nosso departamento – igreja funciona como o sistema de governo do mundo, então Deus vai abalar este sistema, pois não se procede assim no Reino de Deus (1Cor. 3:13).

Queridos, procurem e busquem com zelo os melhores dons, sejam ministeriais, espirituais, mas não se esqueçam, o primeiro que vem é o da reconciliação! (Pv. 11:30; 1Cor. 9:19; Tia 5:20). Busque o novo nascimento, o batismo no Espírito Santo e venha crescer bem ajustado para tornar-se morada de Deus e servo do Senhor Jesus Cristo! Venha fazer parte da maior, melhor e mais rica empresa do universo: O Reino de Deus!

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