terça-feira, 3 de setembro de 2013

A IDENTIDADE DO SER

Quem somos? Que valor temos? Para quê vivemos e existimos?
São estas as perguntas que movem o ser. Existir para alguém, ser percebido, bem visto e recomendado, requisitado e indispensável. Todos os dias procuramos atingir estes propósitos. O ser humano não se basta. Não se farta de si mesmo. Não se vê sozinho pois se estiver é “solitário”. Não se satisfaz com sua existência, nem nela se alegra, mas espera que em fazendo algo para alguém, este o retribua com alguma alegria!
Afinal, por que somos sempre dependentes?
“Como o cervo anseia pelas correntes das águas, assim a minha alma anseia por ti, ó Deus! A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e verei a face de Deus? As minhas lágrimas têm sido o meu alimento de dia e de noite, porquanto se me diz constantemente: Onde está o teu Deus? Dentro de mim derramo a minha alma ao lembrar-me de como eu ia com a multidão, guiando-a em procissão à casa de Deus, com brados de júbilo e louvor, uma multidão que festejava. Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei pela salvação que há na sua presença. Ó Deus meu, dentro de mim a minha alma está abatida; porquanto me lembrarei de ti desde a terra do Jordão, e desde o Hermom, desde o monte Mizar”.
Jesus em certo momento certificou-se dessa verdade quando disse:
“Eis que vem a hora, e já é chegada, em que vós sereis dispersos cada um para o seu lado, e me deixareis só; mas não estou só, porque o Pai está comigo”.
A solidão é para o ente que não conheceu a Jesus como irmão, nem a Deus como Pai nem como criador. Uma pessoa morta não pode ser companhia para alguém que vive. Só encontramos a Cristo como um ente vivo dentre os mortos quando nos faltam os amigos, parentes, cônjuges... e então percebemos de fato que não estamos sós.
Vejo pessoas buscarem uma companhia para o reveillon e desesperadamente encontrar um abraço e um feliz ano novo, nem que seja de um estranho, porque nossa alma não existe para ser solitária. Deus a constituiu para ser uma amiga dEle na eternidade.
Ligamos o computador e logo procuramos a rede de “bate-papo” preferida porque queremos companhia de alguém ou apenas mostrar “presença” e esperar para medirmos nosso “nível de aceitação ou de importância” ao mundo que pertencemos.
Chegamos das férias, com nossas máquinas fotográficas digitais, ou celulares com “3.2 mega-pixels”que agora além de excelente qualidade, pode armazenar um cem vezes tanto de imagens, e não vemos a hora de colocá-las na rede de relacionamento para que todos percebam quantas “coisas” eu fiz, ou quantos “amigos” eu fiz nas minhas férias.
Lembro-me quando chegava no início das aulas do colegial e a professora de língua portuguesa já nos tacava uma redação: O que foi que eu fiz nas minhas férias!
Em resumo, quando minha alma se alegrará e louvará a Deus pela salvação que há na sua presença?
Amados Feliz ano Novo, mas ainda acrescento:

“Contudo, de dia o Senhor ordena a sua bondade, e de noite a sua canção está comigo, uma oração ao Deus da minha vida... Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele que é o meu socorro, e o meu Deus”.

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