Um indivíduo suspeito
de ter praticado o crime de estupro, ao ser interrogado pelo Delegado diz:
Doutor, se este crime realmente existe tenho certeza de que não fui eu quem o
cometeu. A jovem que sofreu o estupro encontrava-se grávida do suspeito. O
Delegado diz a jovem: você pode abortar a criança, mas se preferir pode também
cuidar dela ou doá-la para que outra pessoa possa criá-la. A jovem traumatizada
pelo ocorrido fez opção pelo aborto, o qual foi liberado pela justiça. O
Delegado cercado de todas as provas materiais e testemunhais confirma a
denúncia de que houve o crime. Então o suspeito afirma e confessa: Doutor, não
fui eu, mas eu sei quem foi! O Delegado desconfiado pede então que ele denuncie
o verdadeiro criminoso. O suspeito declara: Foi o “Pecado”, e o endereço dele
eu também sei, está aqui, bem dentro de mim! Pode prendê-lo!
O desfecho deste
episódio, tão conhecido em nossas reportagens jornalísticas, é de uma
insanidade total, mas do ponto de vista espiritual é uma verdade horrenda.
Dificilmente alguém acreditaria nessa afirmativa não fosse ela extraída das
palavras de São Paulo aos Romanos em sua missiva no capítulo 7 dos versos 15 à 24:
“Pois o que faço, não o entendo;
porque o que quero, isso não pratico; mas o que aborreço, isso faço. E, se faço
o que não quero, consinto com a lei, que é boa. Agora, porém, não sou mais eu que faço isto, mas o pecado que habita em
mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem
algum; com efeito o querer o bem está em mim, mas o efetuá-lo não está. Pois
não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse pratico. Ora, se eu faço o que não quero, já o não
faço eu, mas o pecado que habita em mim. Acho então esta lei em mim, que,
mesmo querendo eu fazer o bem, o mal
está comigo. Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus;
mas vejo nos meus membros outra lei guerreando contra a lei do meu
entendimento, e me levando cativo à lei do pecado, que está nos meus membros.
Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?
Caro leitor, guardando as respeitáveis
considerações de que cada um é livre para construir uma verdade em que possa
crer e seguir, eu o convido neste momento a ler a verdade que vem do Evangelho
segundo Jesus Cristo. O mesmo que São Paulo resistiu, depois abraçou, defendeu
e ensinou até a sua morte em Roma.
O Evangelho afirma que muitas almas,
no mundo inteiro, de Adão até o último ser descendente dele estão condenadas a
morte eterna. São Paulo incluiu-se nesta lista no capítulo 7 de sua cartas aos
Romanos e gritou: “Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta
morte?” Uma “enfermidade” que gera a morte, mas não apenas uma morte física,
não apenas no âmbito da materialidade, mas na alma, e a coloca em uma prisão eterna!
E naquele momento ele estava “vivo” mas também dizia estar morto! Como pode ser
isto?
A Medicina propõe trazer cura ao
indivíduo cuja carne (corpo) está doente e quase sempre ela consegue. Mas
entendemos pelo Evangelho, que o ser humano não é somente corpo, mas também
alma e espírito, e segundo São Mateus, no Evangelho de Jesus, capítulo 11 nos
versos 28 à 30 se diz:
“Vinde a mim, todos os que estais
cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e
aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é
suave, e o meu fardo é leve”. Também lemos Jesus se mostrando e afirmando como
Médico da alma: "E os fariseus, vendo isso, perguntavam aos discípulos:
Por que come o vosso Mestre com publicanos
e pecadores? Jesus, porém, ouvindo isso, respondeu: Não necessitam de
médico os sãos, mas sim os enfermos”.
(Mateus. 9:11-12).
São Paulo está tratando da morte existencial
que começa na alma e termina na carne
(Corpo) e reafirma isto na carta aos Efésios capítulo 2 verso 1: “Ele vos
vivificou, estando vós mortos nos
vossos delitos e pecados,...”.
Concluímos que, segundo o Evangelho, muitas almas estão aprisionadas para o destino
da morte e por isso dizemos que os crimes citados no começo da matéria foram praticados
ora por um indivíduo “sem alma” ou “sem coração” ora por outro vitimado pelas
circunstâncias. Quem ama preza pela vida. Quem odeia preza pela morte. O
Evangelho diz que os delitos e ofensas são praticados diferentemente de pessoa
para pessoa, em níveis de perversidades ora sutis ora hediondos; ora diretos
ora indiretos; mas o Pecado, o Mal, que dá origem a todas estas manifestações, ora
interiores ora exteriores, habita em todos os seres humanos, inclusive no Apóstolo
São Paulo e também nos criminosos acima citados. Este Mal é o responsável pelo
aprisionamento da nossa alma e pelo encaminhamento para morte, portanto quem
pode nos livrar do corpo desta morte?
Dificilmente alguém poderia esclarecer
algumas frases citadas nas cartas de São Paulo. Uma delas é esta: “o corpo do
pecado” (Rom. 6:6). Nosso corpo abriga um Mal que nos leva para a morte. E este
Mal é o responsável pela humanidade encontrar-se em tão grande sofrimento. Podemos
cuidar do corpo o quanto for, usar todas as fórmulas de longevidade,
nutricionais, fazer bons exercícios físicos, enfim, tudo o que a medicina em
todas as suas variantes recomendarem, mas o fato é: Ninguém até hoje conseguiu
livrar o corpo de morrer. Sempre foi e será a mesma rotina: do berço à sepultura.
Então o que fazer quanto a esta vida?
Absolutamente NADA!
O Evangelho nunca disse que poderia
fazer alguma coisa a este respeito. Jesus nunca disse que poderia aumentar o
curso da existência humana nesta
terra, ou seja, o conceder mais alguns anos de vida a quem quer que
seja. A proposta do Evangelho é para
além desta vida. Jesus fala de outra vida após a morte deste corpo. Ele fala de
vida eterna! A diferença entre o que Jesus diz e o que nós queremos é grande.
Jesus diz:
“Quem
ama a sua vida, perdê-la-á; e quem neste mundo odeia a sua vida, guarda-la-á
para a vida eterna”.
(João 12:25)
Muitas são as interpretações a cerca
do Evangelho simplesmente porque ninguém quer acreditar no óbvio! Se você ama
esta vida não tem tempo para pensar na possibilidade de outra além desta. E
quanto mais se aproxima o final desta vida, as únicas expectativas são as de
desespero e angústias por medo da morte e a insegurança a cerca do pós-morte.
É neste momento que surgem os diversos
caminhos, religiões, filosofias, crenças, para uma outra vida após a morte. Não
quero dissertar sobre estes caminhos, quero apenas concluir o assunto aqui
mesmo.
Acerca do Mal que habita em todos nós
o Evangelho de Jesus o chama de “PECADO”. Não há nenhuma solução humana para
tirá-lo de dentro de nós. Somos incapazes de removê-lo. Podemos domesticá-lo a
níveis toleráveis e aceitáveis socialmente para conseguirmos convivermos em
comunidades pacíficas, mas jamais poderemos eliminá-lo do nosso interior. Há
apenas uma saída para o Mal deixar de existir: entregar o nosso corpo à
sepultura quando a morte chegar e aguardamos o recebimento de uma nova vida.
A questão é: Quem poderá nos levar
(conduzir) para a nova vida se eu estiver morto? Quem poderá tirar o meu corpo,
ou minha alma da sepultura e redimí-la?
São Paulo revela e afirma: “Graças a
Deus, por Jesus Cristo nosso Senhor!” (Rom. 7:25) e conclui: “Portanto, agora
nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus”. (Rom. 8:1). Se há uma
condenação de morte por causa do Pecado, há também uma promessa de vida para
aqueles que crerem no Evangelho. Se você crê que tem o Pecado habitando em
você, e que há momentos em sua vida que ele é incontrolável, é certo que sua
alma está enferma; há somente um médico que pode tratar desta enfermidade enquanto
você vive a esperança de uma nova vida. Ele se chama Jesus Cristo.
Procure tempo para pensar na
ressurreição. Leia no Evangelho o que foi que Jesus Cristo fez ensinou a cerca
da vida eterna e como livrá-lo do poder do Pecado. Logo você vislumbrará um
caminhar nesta existência com mais alegria por saber que esta vida não é de fato aquilo que você mais ama.
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