Precisamos falar
sobre a restauração do propósito, porque temos estado por tanto tempo na
igreja, que esquecemos qual é o propósito; e, sem propósito, a vida não tem
significado, a igreja não tem sentido, ministério não tem sentido, seu tempo
neste templo (corpo) não tem nenhum significado. Nós precisamos entender para
que é nossa vida.
Deus criou o homem, e
encontramos isso a partir da primeira página da Bíblia, no versículo primeiro.
Gen. 1.1 e 26; Gen. 2:15:
“No princípio criou
Deus o céu e a terra... Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa
semelhança. Tomou, pois, o Senhor Deus o homem, e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e guardar”.
“Para” = esse é o
propósito do homem em estar no Éden. Mas este propósito não é o que Deus tinha
como finalização. O Éden é uma figura da eternidade. Como Adão é no Éden
seremos também na eternidade. A visão de Deus não era trilhões de jardineiros!
Ouça:
“Não vos enganeis,
meus amados irmãos. Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das
luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação. Segundo a sua própria
vontade, ele
nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como que primícias das
suas criaturas”. (Tiago 1:16-18). Então aqui, no Éden, nós vemos
apenas a criação de Deus. Deus criou os céus e a terra. Ele fez isso de acordo
com o ambiente que Ele ia precisar para criar o homem; então Ele criou o homem.
Portanto, o universo foi criado para que o homem atingisse o propósito de Deus.
Temos que entender isso. Esse homem Adão foi o principio do propósito de Deus.
Seus primeiros passos para finalizá-lo, para gerar dentro dele Sua filiação:
“Assim também nós,
quando éramos meninos, estávamos reduzidos à servidão debaixo dos rudimentos do
mundo; mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de
mulher, nascido debaixo de lei, para resgatar os que estavam debaixo de lei, a fim de
recebermos a adoção de filhos. E, porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o
Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai. Portanto já não és mais servo, mas
filho; e se
és filho, és também herdeiro por Deus” (Gal. 4:3-7).
De alguma forma o
homem pensa que o universo é maior do que ele, mas o universo foi criado para o
homem. Ele tem exatamente o que é necessário para o homem terreno viver nele.
Veja, Deus nos pôs aqui com um propósito, então, Ele criou o ambiente, a terra,
Ele colocou o homem dentro desse ambiente para que o homem finalizasse o
propósito dEle. Acerca disso Paulo escreve em 1 Cor. 3:21-23:
“Portanto ninguém se
glorie nos homens; porque tudo é vosso; seja Paulo, ou Apolo, ou Cefas; seja o mundo, ou a vida, ou a morte; sejam
as coisas presentes, ou as vindouras, tudo é vosso, e vós de Cristo, e
Cristo de Deus”.
Então Deus disse:
Proteja este jardim, proteja este protótipo. Proteja o projeto da minha
eternidade. Eu te coloquei aí para que o
proteja. Os versículos 26 e 27 do capítulo 1 de Gênises dizem: Eu quero
também que você saia e subjugue o resto do planeta. Depois que você aprender a
proteger o jardim você irá aprender a proteger o planeta. A implicação é que o
Jardim não era todo o planeta: era só uma posição geográfica, uma primícia. Ele
disse: Saia e subjugue. Se há algo para ser subjugado, então o planeta todo não
era somente o jardim. Ele tinha o jardim, precisava proteger o jardim, mas
esperava-se que ele saísse e dominasse o resto do planeta. A implicação então
é: Eu quero que você subjugue o planeta a este exemplo que é o jardim, que você
está guardando. Esta é a maquete, agora saia e faça o resto do planeta se
submeter a esta ordem.
Temos que voltar ao
começo, ao princípio, porque se não formos ao começo não descobriremos qual o
propósito de Deus na criação.
Então Deus criou o
homem deu a ele o domínio, o poder e autoridade e tudo o que era necessário
para sair e subjugar: Todos os animais iriam obedecê-lo, tudo estava sob o seu
domínio, exceto ele mesmo. O homem
criado, com sua vontade própria (volição)
não tinha domínio sobre si mesmo.
Deus colocou uma
árvore no jardim e a chamou “árvore do conhecimento do bem e do mal”. Essa é
uma árvore literal, não é imaginária, mas também é uma tipologia da consciência do homem. Consciência é a
habilidade de escolher entre o bem e o mal. É a árvore do bem e do mal. Não
havia duas maçãs, na verdade, nem fala que eram maçãs, a árvore não tinha dois
tipos de frutos; só um tipo de fruto, e ainda era bom e mau; parecia bom, mas
tornou-se mau. O que Deus falou foi:
- Adão, você tem
domínio sobre os animais, os vegetais, os rios; no ambiente do espírito você
tem domínio sobre os anjos, você tem domínio sobre a terra! Você tem domínio
sobre o ambiente, você tem domínio sobre a natureza, você tem domínio sobre todos os reinos do mundo: o reino
animal, o reino mineral, todos os reinos da terra estão sob o teu domínio,
incluindo os anjos.
A única coisa que não
estava sob o domínio de Adão era a sua própria vontade, a qual foi representada
pela árvore do conhecimento do bem e do mal que era uma tipologia da sua
própria consciência. Ao lado da árvore do conhecimento havia a “árvore da vida”, uma árvore literal,
mas trazia uma representação figurada da vontade de Deus que é Jesus, cuja
função é dar vida eterna àqueles que dela se alimentam. A implicação disto tudo
era que Deus estava mostrando: Eu te criei para governar, porém a única coisa
que você não saberá governar é o seu fator de decisão. Quando você governar
sobre isso, você governará sobre todas as coisas; se não governar sobre isso,
você não governará sobre nada.(adaptado
da mensagem: “Propósito” de Rinaldo
Texidor).
Aprender a governar,
dominar sobre si mesmo era um aprendizado que lhe custaria a própria vida. Foi
assim com Adão... Foi assim com Jesus (Heb. 5: 7-9)! Fazer o homem saber que ele não tinha domínio sobre
si mesmo estava na onisciência de Deus bem como fazê-lo saber que somente em
Jesus ele pode encontrar lugar de autoridade e de domínio. Jesus disse:
“Pois aquele que fizer a vontade de Deus,
esse é meu irmão, irmã e mãe”. Mc. 3:35.
Adão foi levado a um
lugar de consciência a cerca da vontade de Deus. Quando eu li em Provérbios
16:4 e em Col. 1: 16 que tudo tem um propósito nos céus e na terra eu discerni
a função do diabo.
“O Senhor fez tudo
para um fim; sim, até o ímpio para o dia do mal”.
“... porque nele
(Jesus) foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as
invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam
potestades; tudo foi criado por ele e para ele”.
Na verdade, Deus não
criou anjos maus, mas a partir da sua criação, alguns deles, escolheram não
guardar o seu lugar de honra (2 Pe. 2:4 Jd. 6), porém, mesmo assim serviram a
um propósito, levar o homem ao conhecimento da sua consciência e vontade. Vejam
o que a Bíblia diz sobre isto em Gen. 2:25 e 3:7:
“E ambos estavam nus,
o homem e sua mulher; e não se
envergonhavam... Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; pelo que
coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais”.
Experimentaram a
consciência! Amados, parece estranho, mas é verdade, possuir uma consciência
fazia parte de ser humano. Sem consciência
o homem não seria diferente dos outros animais na terra. Animais têm instinto,
mas não tem consciência. Animais não distinguem entre o bem e o mal, o que faz
o homem superior aos animais é o poder discernir entre o bem e o mal:
“Ora, qualquer que se
alimenta de leite é inexperiente na palavra da justiça, pois é criança; mas o
alimento sólido é para os adultos, os quais têm, pela prática, as
faculdades exercitadas para discernir tanto o bem como o mal” (Hb. 5:13-14).
Mas o fato é, que o
homem para ter conhecimento de consciência deveria passar pela experiência da
decisão. O dicionário Aurélio traz a seguinte interpretação:
“Consciência:
sentimento ou percepção do que se passa em nós; voz secreta da alma aprovando
ou reprovando as nossas ações”.
Sem a existência de
um mandamento nunca o homem experimentaria o ter que decidir. Escolher entre a
vida e a morte, entre luz e as trevas, entre amar e odiar, entre árvore da vida e a árvore do conhecimento do bem e do mal... Faz parte do processo da
formação de ser humano. O que a
Bíblia nos revela o tempo todo, é que não faz parte da nossa natureza humana o
saber decidir, o que confirma o que Jesus disse a cerca dos homens que amam a
morte e aborrecem a vida, preferem as trevas à Luz:
“E o julgamento é
este: A luz veio ao mundo, e os homens amaram
antes as trevas que a luz, porque as
suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal aborrece a luz, e não
vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim
de que seja manifesto que as suas
obras são feitas em Deus”. (Jo.
3:19-21).
Não foi diferente no
Éden, pois havia duas árvores: uma de vida e outra de morte. A vida e a morte
já estavam com o homem no jardim. O homem escolheu a morte. Fazer o homem
renascer, gerar nele uma nova criação, é a função do Cristo, porém ensiná-lo amar (ágape) a vida é a função de
Jesus.
“Porque, assim como
por um homem veio a morte, também por um homem veio a ressurreição dos mortos.
Pois como em Adão todos morrem, do mesmo modo em Cristo todos serão
vivificados.” (1 Cor. 15:21-22).
Mas amados, vejam o
que Paulo nos escreve em Romanos 5:12-14:
“Portanto, assim como
por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a
morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram. Porque antes da lei já estava o pecado no mundo, mas onde
não há lei o pecado não é levado em conta. No entanto a morte reinou desde Adão até Moisés, mesmo sobre aqueles
que não pecaram à semelhança da
transgressão de Adão o qual é figura daquele que havia de vir”.
E ainda em Romanos 5:20:
“Sobreveio, porém, a lei para que a ofensa abundasse;
mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça”;
E ainda em Romanos
7:5:
“Pois, quando
estávamos na carne, as paixões dos pecados, suscitadas pela lei, operavam em nossos membros para darem
fruto para a morte”.
Paulo nos faz
entender duas coisas. Primeiro que o
pecado já estava no mundo antes da lei e segundo, que as paixões que operam
em nossos corpos ou membros são instigadas
pela existência de uma lei ou mandamento. Simples não é? Sem mandamento não há
como instigar o pecado que habita em mim. Sem as manifestações do pecado (as
obras da carne) não existe a possibilidade de eu gerar a morte, pois esta para
ser gerada precisa ser através da transgressão
de um mandamento. Mas para eu gerar morte tenho que fazer primeiramente
o uso de uma consciência, a qual me leva sempre diante de dois caminhos: Vida
ou Morte. Portanto não é uma questão de obedecer ou desobedecer, mas de uma
consciência de decidir viver ou morrer!
Decidir viver é amar a vida e a Deus. Amar a si mesmo, nossa própria vontade é
desprezar a Deus... É decidir morrer!
“Quem ama a sua vida,
perdê-la-á; e quem neste mundo odeia
a sua vida, guarda-la-á para a vida eterna”. (Jo. 12:25).
Então por que Deus
colocou um mandamento no Éden? Sem o mandamento seria tudo diferente, “tudo
perfeito”. O homem não seria tentado, não daria luz ao pecado e não geraria a
morte. Perfeito! Sem mandamento o pecado não existiria... SERÁ?
Veja o que Paulo nos
diz:
“... a lei é santa, e
o mandamento santo, justo e bom. Logo o bom tornou-se morte para mim? De modo
nenhum; mas o pecado, para que se
mostrasse pecado, operou em mim a morte por meio do bem; a fim de que pelo mandamento o pecado se
manifestasse excessivamente maligno”. (Rom. 7:12-13).
“Pelo mandamento”,
falando de um, não de dez. Portanto, qual o propósito de Deus ter colocado uma
árvore com um mandamento sobre ela? Afinal, o homem tornou-se pecador porque
comeu da árvore do conhecimento ou comeu da árvore do conhecimento porque ele é pecador?
“Ordenou o Senhor
Deus ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim podes comer livremente; mas da
árvore do conhecimento do bem e do mal, dessa não comerás; porque no dia em que
dela comeres, certamente morrerás”. (Gen. 2:16-17).
A religião ensina que
este mandamento procurava ensinar o homem à obediência a Deus. Hoje,
particularmente eu descordo. Paulo diz que a
força do pecado é o mandamento ou lei (1 Cor. 15:56). Meu computador faz
isto! Posso ensinar meu cachorro a obedecer à voz do meu comando ele aprende
com perfeição. Este exemplo coloca o homem como senhor e o cachorro como servo.
A questão vai mais além. Obediência sem consciência é um regime de escravidão
(Veja em Gal. 4:21-31), pois o cachorro não me questiona, meu computador não me
questiona, apenas cumpre a ordem. Quem
ama sempre obedece, mas nem todo aquele que obedece ama! Creio que o
propósito da árvore como mandamento ultrapassa este ensino da obediência. A
reposta está no texto de Tiago 1:2, 5, 12-15:
“Meus irmãos, tende
por motivo de grande gozo o passardes por várias provações... Ora, se
algum de vós tem falta de sabedoria,
peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e não censura,
e ser-lhe-á dada...Bem-aventurado o homem que suporta a provação; porque,
depois de aprovado, receberá a coroa da vida, que o Senhor prometeu aos que o amam.
Ninguém, sendo tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode
ser tentado pelo mal e ele a ninguém tenta. Cada um, porém, é tentado, quando:
1- atraído e engodado pela sua própria concupiscência;
2- então a concupiscência havendo concebido, dá à luz o
pecado;
3- e o pecado, sendo consumado, gera a morte.
Amados, o que Tiago
está nos dizendo é que em todo o tempo o homem pode recorrer a Deus no momento
da decisão... Pedir-Lhe sabedoria, amar a sabedoria (Prov. 4: 5-13)
é buscar o Criador quando se tem que decidir sobre vida ou morte. Se o homem
não o faz é porque já sabe o que deve fazer, se não sabe e faz, é porque está
decidindo no âmbito do conhecimento natural. Ficar neste âmbito é perigoso
(Tiago 3:13-15). A cerca disto João em
sua primeira carta nos advertiu para o que aconteceu no Éden, vejam:
“Não ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o
amor do Pai não está nele. Porque TUDO o
que há no mundo...”.
1- a concupiscência da carne,
2- a concupiscência dos olhos e
3- a soberba da vida,
...Não vem do Pai,
mas sim do mundo. Ora, o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus
permanece para sempre.” (1 Jo. 2:15-17)
Compare com o Éden em
Gen. 3:6:
“Então, vendo a mulher que aquela árvore
era”...
1- boa para se comer, (“concupiscência da
carne”)
2- e agradável aos olhos, (“concupiscência dos olhos”)
3- e árvore desejável para dar entendimento,
(“soberba pela vida”)
...Tomou do seu
fruto, comeu, e deu a seu marido, e ele também comeu.”
Fica claro pelos
textos que Eva foi atraída e fascinada não pela serpente, mas pela sua própria cobiça a cerca do que
ela ouviu da serpente. Em sua mente Eva deu luz ao pecado, e dar a luz a alguma
coisa é trazer a existência o que há dentro de si e que está em oculto. Em seu
coração o desejou, em comendo gerou sua morte! Não amou, não fez o que era vontade de Deus, escolher vida, assim
não permaneceu para sempre.
“... E a esperança
não desaponta, porquanto o amor de
Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado”. (Rom. 5:5).
Deus fez Adão e Eva,
mas não podia imprimir neles o seu amor! Deus é ágape. Deus dentro deles
somente na plenitude dos tempos. Somente na ressurreição de Cristo! O AMOR ágape (do lado de dentro) ensina
a obedecer (Heb. 5: 5-8), mas obediência e o castigo não ensinam a amar! E é
por isso que a Lei teve o seu tempo (Heb. 7:17-18), ela não aperfeiçoou os
homens para amarem a Deus. Deus criou, mas não gerou Adão e Eva para que estes o amassem
e fizessem a Sua vontade por amor. Eles teriam que aceitá-lo e por isso não
tinham dentro de si o amor de Deus para lhe obedecerem. Assim se diz: “A qual
dos anjos Deus disse: Tu és meu filho, hoje eu te gerei?”. Portanto, não ameis
o mundo, não amem a sua própria vontade disse o Apóstolo João. Por isso Deus
disse no princípio que faria
o homem à sua imagem e semelhança, e que ele (o homem), decidisse se queria
Deus gerando dentro dele amor
e vida eterna. Isto é livre arbítrio!
A serpente disse a
Eva: seus olhos se abrirão e serás como
Deus. Nisto a serpente não mentiu (Gen. 3:22). A serpente mentiu quando
contrariou a verdade dizendo: “certamente não morrerás” (Gen. 3:4). Porém a
mulher pensou: a árvore é bonita, o fruto é gostoso e me fará a “rainha da
cocada preta”. Agora veja, João chamou a esta tríade de desejos de “O MUNDO!”.
É por isso que Paulo diz que o pecado já estava no mundo
antes que a lei existisse, só não havia sido manifestado ainda! O mundo é o que
está dentro de nós e não o que está fora dele! O próprio Jesus
confirma isto dizendo:
“Não compreendeis que
tudo o que entra pela boca desce pelo ventre, e é lançado fora? Mas o que sai
da boca procede do coração; e é isso o que contamina o homem. Porque do coração procedem os maus
pensamentos, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e
blasfêmias. São estas as coisas que
contaminam o homem; mas o comer sem lavar as mãos, isso não o contamina”. (Mt.
15:17-20).
Temos três momentos
na Palavra para “mundo”. O que vai da formação do átomo até a construção de
galáxias (Heb. 1:6; 11:3). Os seres humanos (Jo. 3:16) e a mente humana (1. Jo.
2:15-17). Portanto amados, o propósito da árvore do conhecimento estava além de
ensinar o homem sobre obediência, mas sim o dar a ele uma consciência a cerca de si mesmo. Ele não sabia amar
porque ele não tinha a Deus dentro de si, só do lado de fora! Muitos estão
nesta mesma situação hoje. Ele via a
Deus, mas não O conhecia como Emanuel!
Sua alma é boa até
conhecer um mandamento. É o que basta para suscitar todos os tipos de paixões
da carne. Jesus disse que só existe um que é bom: DEUS, e que o reino de Deus
pertence aos “pequeninos” enquanto estes viverem sem mandamento. Lembram? Onde
não há Lei o pecado está morto! Coloque um mandamento (qualquer ordem que seja
precedida na negativa “NÃO”) diante deles e você verá que eles são verdadeiramente
descendentes de Adão!
Toda árvore é fiel à
semente que a gerou, mais cedo ou mais tarde ela dará o seu fruto peculiar à
semente que foi plantada. Deus trabalha com sementes em Sua criação
(Gen. 1:11) não planta árvores, mas faz
a terra produzir sementes. Do pó da terra Deus fez o homem (hebraico:
Adamah, lit. “terra” ou “chão”) e disse: cresçam e se multipliquem, de uma
semente (macho e fêmea) de cada, Deus disse: encham a terra. A vida é como o
chão da terra onde o homem produz seus frutos. Agora vejam o que Paulo nos
revela sobre isso em 1 Cor. 15:36-50:
“Insensato! O que tu semeias não é vivificado, se primeiro
não morrer. E, quando semeias, não semeias o corpo que há de nascer, mas o
simples grão, como o de trigo, ou o de outra qualquer semente. Mas Deus lhe dá
um corpo como lhe aprouve, e a cada
uma das sementes um corpo próprio. Nem toda carne é uma mesma carne;
mas uma é a carne dos homens, outra a carne dos animais, outra a das aves e
outra a dos peixes. Também há corpos celestes e corpos terrestres, mas uma é a
glória dos celestes e outra a dos terrestres. Uma é a glória do sol, outra a
glória da lua e outra a glória das estrelas; porque uma estrela difere em
glória de outra estrela. Assim também é a ressurreição dos mortos, semeia-se
o corpo em corrupção, é ressuscitado em incorrupção. Semeia-se
em ignomínia, é ressuscitado em glória. Semeia-se
em fraqueza, é ressuscitado em poder. Semeia-se
corpo animal, é ressuscitado corpo espiritual. Se há corpo animal, há
também corpo espiritual. Assim também está escrito: O primeiro homem, Adão, tornou-se
alma vivente; o último Adão, espírito vivificante. Mas não é
primeiro o espiritual, senão o animal; depois o espiritual. O primeiro homem,
sendo da terra, é terreno; o segundo
homem é do céu. Qual o terreno, tais
também os terrenos; e, qual o celestial, tais também os celestiais. E, assim
como trouxemos a imagem do terreno, traremos
também a imagem do celestial. Mas digo isto, irmãos, que carne e sangue não podem herdar o reino de
Deus; nem a corrupção herda a incorrupção”.
O homem, criado do pó
da terra, não está finalizado como propósito. Foi semeado em corrupção! Vou repetir: Foi semeado em corrupção!
Abalou você porque
Paulo disse que Adão foi semeado em pecado? Não seja insensato! Lembre-se, só finaliza quando ele for
celestial. Toda criação foi finalizada na Cruz quando Jesus disse: Está consumado,
ou seja, terminado, finalizado! Primeiro Adão... Último Adão. Primeiro o
terreno... Depois o celestial. Primeiro o animal... Depois o espiritual. Adão
começou como terreno, mas finalizará
como celestial. Jesus me fez assentar em regiões celestes e não terrestres!
Jesus é o primeiro finalizado entre muitos irmãos! O primeiro nunca herda, só o último. Lembram de Ismael e
Isaque, de Esaú e Jacó, de Manassés e Efraim, de Judeus e gentios, eles sem nós
nunca serão aperfeiçoados! A vida, a verdadeira vida, não começa no Éden, mas
sim na eternidade! Ame essa vida e não terá a vida eterna!
“E passando Jesus,
viu um homem cego de nascença. Perguntaram-lhe os seus discípulos: Rabi, quem pecou, este ou seus pais,
para que nascesse cego? Respondeu Jesus: Nem
ele pecou nem seus pais; mas foi para que nele se manifestem as obras de Deus. Importa que façamos as obras daquele que me
enviou, enquanto é dia; vem a noite,
quando ninguém pode trabalhar.
Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo”. (João 9:1-5).
Dia é luz, vida.
Noite é trevas, morte! Jesus não está preocupado com Adão nem com as
manifestações das conseqüências do pecado dele em nós (Gen. 3: 17-19), pois
todos nós somos iguais na essência, temos o pecado existencial. Mas está
finalizando as obras de Deus enquanto é “dia” para mim, e que foram iniciadas
no Éden. É certo que todos aqueles que sofrem algum tipo de moléstia, seja
espiritual, material ou corporal vão ter um impulso maior de buscarem esta
finalização, mesmo que ouçam sem entender, vendo sem compreender, mas se
complete neles a obra de Deus e sejam “curados” do mal que em todos nós habita,
antes que venha a “noite” (morte) e aí nenhum trabalho do Pai poderá ser feito
em nós!
Agora você pode ler 1
João 1: 8-10 sem enlouquecer:
“Se dissermos que não temos pecado nenhum, enganamo-nos a
nós mesmos, e a verdade não está em
nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos
perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo
mentiroso, e a sua palavra não está
em nós.”
E ainda, Paulo em
Romanos 7: 15-25:
“Pois o que faço, não
o entendo; porque o que quero, isso não pratico; mas o que aborreço, isso faço.
E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. Agora, porém, não sou mais eu que faço isto, mas o
pecado que habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na
minha carne, não habita bem algum; com efeito o querer o bem está em mim, mas o
efetuá-lo não está. Pois não faço o bem que quero, mas o mal que não quero,
esse pratico. Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim. Acho
então esta lei em mim, que, mesmo querendo eu fazer o bem, o mal está
comigo. Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de
Deus; mas vejo nos meus membros outra lei guerreando contra a lei do meu
entendimento, e me levando cativo à lei do pecado, que está nos meus membros.
Miserável homem que eu sou! quem me
livrará do corpo desta morte? Graças a Deus, por Jesus Cristo nosso Senhor! De
modo que eu mesmo com o entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne à lei
do pecado”.
Vejam amados, assim
como Paulo se descreve neste texto eu posso ver Eva sendo invadida por esta
mesma guerra interior. Ela tinha mandamento, mas não tinha o Espírito da Lei da
vida (AMOR) dentro do seu espírito,
afim de salvá-la da força do seu pecado e conseqüentemente da sua morte (Rm.
8:2). Ela tinha a letra em sua mente, mas não a Palavra que é Espírito e Vida
em seu coração. Assim como Paulo se descreve no Cap 7, antes que Eva comesse do
fruto da árvore do conhecimento, o pecado já se manifestava dentro dela e a
dominava para que ela não fizesse o que ela mesma queria (Gal. 5: 17), ou seja,
fazer a vontade de Deus, mas obedecesse a sua própria carne, vontade pessoal...
o seu desejo... o seu MUNDO.
E foi para isto que o Filho de Deus se manifestou:
“Porquanto o que era
impossível à lei, visto que se achava fraca pela carne, Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança da carne do pecado,
e por causa do pecado, na carne condenou o pecado. Para que a justa
exigência da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas
segundo o Espírito. Pois os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas
da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito. Porque
a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz.
Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à
lei de Deus, nem em verdade o pode ser; e os que estão na carne não podem
agradar a Deus”. (Rom. 8: 3-8).
Portanto, ninguém pode cair quando já se está no chão,
na terra, Adão é terreno, não é celestial. Adão não caiu, Eva não caiu. Jesus
nunca disse que Adão caiu. Há apenas um celestial que caiu: Satanás. O que
houve no Éden foi uma revelação a cerca de nós mesmos. Nunca seríamos perfeitos
sem o Espírito de vida que é Jesus. Sem Ele nada do que foi feito seria para
sempre. O homem foi finalizado em Jesus, e não no Éden. O homem não era
completo sem Deus dentro dele. Em Jesus é que somos elevados para regiões
celestes. Em Jesus é que encontramos o propósito de toda a criação. Em Jesus é
que encontramos nossa origem e propósito. Sem Jesus não há história para o
homem em lugar algum. Sem Jesus não há criação perfeita e finalizada.
“E sabemos que todas as coisas concorrem para o bem
daqueles que amam a Deus, daqueles que
são chamados segundo o seu propósito. Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes
à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos
irmãos; e aos que predestinou, a estes também chamou; e aos que chamou, a estes
também justificou; e aos que justificou, a estes também glorificou”.
Amados, não foi para
esta vida que fomos chamados (1 Tim. 6:19). Não foi para vivermos neste corpo
(casa, tabernáculo, templo), pois ele não finaliza o propósito de Deus para o
homem. Somente na eternidade veremos o propósito finalizado, somente lá teremos
o corpo (a casa, tabernáculo, morada) preparado pelo Pai desde a fundação do
mundo. E gememos todos, nós e toda criação, aguardando a nossa adoção, a saber,
a redenção do nosso corpo (Rom. 8:19-23) e nos consolamos com estas palavras do
Apóstolo:
“Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste
tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus. Pois neste
tabernáculo nós gememos, desejando muito
ser revestidos da nossa habitação que é do céu,
se é que, estando vestidos, não formos achados nus. Porque, na verdade, nós, os
que estamos neste tabernáculo, gememos
oprimidos, porque não queremos ser despidos, mas sim revestidos, para que o mortal
seja absorvido pela vida. Ora, quem para
isto mesmo nos preparou foi Deus, o qual
nos deu como penhor o Espírito. Temos, portanto, sempre bom ânimo, sabendo
que, enquanto estamos presentes no corpo, estamos ausentes do Senhor (porque
andamos por fé, e não por vista); temos bom ânimo, mas desejamos antes estar ausentes deste corpo, para estarmos presentes
com o Senhor. Pelo que também nos esforçamos para ser-lhe agradáveis, quer
presentes, quer ausentes. Porque é necessário que todos nós sejamos manifestos
diante do tribunal de Cristo, para que cada um receba o que fez por meio do corpo, segundo o que praticou, o bem ou o mal”.
(2 Cor. 5:1-10). Segundo o que cada um decidir em querer seja a vida ou a
morte!
“... e a vós, que
sois atribulados, alívio juntamente conosco, quando do céu se manifestar o
Senhor Jesus com os anjos do seu poder em chama de fogo, e tomar vingança dos
que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor
Jesus; os quais sofrerão, como castigo, a perdição eterna, banidos da face do
Senhor e da glória do seu poder, quando naquele dia ele vier para ser
glorificado nos seus santos e para ser admirado em todos os que tiverem crido
(porquanto o nosso testemunho foi crido entre vós)”. (2 Tes. 1:7-10).
Em 1 Jo. 3:8 diz que
Jesus veio para desfazer as obras do diabo, os enganos e geração da morte (2 Tim 1:10). O Evangelho é a verdade que gera em
nós a ressurreição para a verdadeira vida e traz a imortalidade. É a
regeneração da vida mortal em imortal, é a vitória que vence a morte!
Hoje, assim como no
Éden, só existe um mandamento conforme Romanos 13:8-10:
“A ninguém devais
coisa alguma, senão o amor recíproco; pois quem ama ao próximo tem cumprido a lei.
Com efeito: Não adulterarás; não matarás; não furtarás; não cobiçarás; e se há
algum outro mandamento, tudo nesta
palavra se resume: AMARÁS ao teu
próximo como a ti mesmo. O amor não faz mal ao próximo. De modo que O Amor é o cumprimento da lei”.
Jesus foi primeiro a
verdadeiramente dominar sobre o Éden, o qual é a figura do nosso homem interior.
Este paraíso é o ambiente reservado por Deus para os que Ele chamou segundo o
Seu propósito, é a finalização da Obra da criação, e como está escrito em
Apocalipse 2:7: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Ao que
vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da
vida, que está no paraíso de Deus”. Esta árvore é Cristo, e Ele diz que
aquele que não come dEle não tem parte com Ele! (Jo. 6: 53-59).
Então, estamos todos,
desde Adão até o último ser a existir, seguindo para a finalização do
propósito, a ressurreição e edificação do corpo...Mas que corpo?
Paulo diz que o corpo
do pecado foi figuradamente desfeito na Cruz (Rom. 6:6). O corpo que temos, que
é a imagem e semelhança de Adão e não de Cristo (veja em Gen. 5:3), foi
desfeito na cruz por meio da morte de Jesus. O nosso corpo, que abriga o
pecado, foi figuradamente crucificado com Cristo. Após a morte figurada do
nosso corpo do pecado, fomos então sepultados com Cristo. O Apóstolo Paulo nos
ensina que fomos sepultados com Cristo na Sua morte, assim representamos esta
verdade também, como figura, nas águas do batismo (Rom. 6: 1-7). Pedro também
nos ensina em sua primeira carta no capítulo 3:18-22:
“Porque também Cristo
morreu uma só vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus;
sendo, na verdade, morto na carne, mas vivificado
no espírito; no qual também foi, e pregou aos espíritos em prisão; os quais
noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava, nos dias
de Noé, enquanto se preparava a arca; na qual poucas, isto é, oito almas se salvaram através da água, que também agora, por uma verdadeira
figura-o batismo, vos salva,
o qual não é o despojamento da imundícia da carne (não tem o
poder de lavar ou purificar, ou mesmo aniquilar o pecado), mas a indagação de uma boa consciência para com Deus, pela ressurreição de Jesus Cristo, que
está à destra de Deus, tendo subido ao céu; havendo-se-lhe sujeitado os anjos,
e as autoridades, e as potestades.”
O que Paulo e Pedro
estão falando aqui não é como
morremos, porque todos os homens morrem e continuarão morrendo com seus
pecados. Também não é perguntar para Deus se tem problema eu morrer em pecado,
mas como eu faço para ser ressuscitado sem o pecado! Portanto, o
batizar, ou sepultar nas águas, representa
tão somente a morte da natureza da criação feita em Adão, o primeiro homem, ou
o velho homem, pois este não está finalizado. O batismo nas águas é a pregação
do evangelho a cerca do que fez Jesus na cruz! Portanto cabe agora a Jesus, que
é o Filho desse homem Adão (Jesus é chamado de o Filho do homem) nos
ressuscitar como também Ele mesmo foi ressuscitado, seja na Sua vinda ou
simplesmente transformar este corpo mortal em imortal se esta vinda ocorrer
enquanto vivemos (1 Cor. 15: 51-54; 1 Ts. 4:13-18). Vai um aviso para quem tem
medo de morrer: Se você tem este medo
cuidado, é sinal de que você não confia na obra da ressurreição!
Outra figura
dessa morte no velho testamento são as águas do dilúvio sobre a terra. Um dia
essa terra passará por outra inundação, mas não de água, mas de fogo (2 Pe. 3:
10-12; Heb. 12: 25-29)! Elas, as inundações, falam da morte do corpo do pecado;
mas os que estavam na arca, a qual é uma verdadeira figura de Cristo, foram
salvos por causa da arca. O dilúvio levou (fez morrer) a todos que não estavam
em Cristo (na arca), porque todos morreremos, esta carne e sangue não podem
herdar a eternidade, ela está condenada pela corrupção (o pecado); todos nós nascidos
de Adão morreremos por causa do pecado que em nós habita, inclusive Noé, que também era descendente de
Adão, morreu também, portanto, pecador igual; mas os que estiverem em Cristo
serão ressuscitados, mesmo tendo o pecado habitando ainda dentro de si, pois na
hora da morte o pecado será desfeito juntamente com o corpo.
Semeia-se em corrupção, porém ressuscita-se em
incorrupção.
Noé ilustrou bem esta verdade que mesmo sendo pecador foi salvo do dilúvio!
Isto se chama GRAÇA! “Noé achou graça aos olhos do
Senhor!” Ele encontrou a GRAÇA nos olhos do Senhor! Por que? Porque Deus disse
que da semente da mulher ele traria a paz para os homens (Gen. 3:15)! Noé era
da semente de Sete e este era filho de Adão. Adão teve muitos filhos e filhas,
mas apenas dois deles constam em genealogias. Caim (o que matou Abel)
representando a geração que não finaliza, e Sete. Este não era o primeiro, nem
o segundo, mas o último que
aparece com a genealogia de Adão!
Pedro diz que Noé pregava
a JUSTIÇA, este evangelho de
morte e ressurreição (Noé ministrava o sacrifício de animais limpos) que traz a
Paz entre Deus e os homens, que fala do batismo (morte), e como a sua vida foi
salva (ressurreição) naquele dilúvio! (2 Pe. 2:5). Noé cria no sacrifício
expiatório, foi justificado pela sua fé em Cristo, por isso achou graça os
olhos do Senhor! (Gen. 8:20-22).
Talvez você esteja se
perguntado: mas mesmo depois de conhecer a Jesus o pecado ainda habita em mim?
Mas é claro que sim! Nosso discernimento a cerca disto é fraco por causa das
muitas pregações confusas que ouvimos. Mas a Palavra de Deus é muito clara a
cerca desta verdade:
“Se dissermos que não
temos pecado nenhum, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele
é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.
Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós.” (1
Jo. 1:8-10).
Veja que lindo: Jesus
é o caminho, a verdade e a vida, Ele
é a Palavra (Verbo) encarnada, e
João diz que Jesus não habita em mim se eu disser que não tenho pecado ou se
não cometo pecado! Que maravilha: Em mim, neste corpo, habita tanto o pecado
como o Espírito de Jesus! Tente arrancar o joio, e o trigo será arrancado
também. Mate este corpo com o pecado e o Espírito será retirado de você também
(1 Cor. 3:17)! Mas não se preocupe, Jesus disse:
“Chegaram, pois, os
servos do proprietário, e disseram-lhe: Senhor, não semeaste no teu campo boa
semente? Donde, pois, vem o joio? Respondeu-lhes: Algum inimigo é quem fez
isso. E os servos lhe disseram: Queres, pois, que vamos arrancá-lo? Ele, porém,
disse: Não; para que, ao colher o joio, não arranqueis com ele também o trigo.
Deixai crescer ambos juntos até a
ceifa; e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: Ajuntai primeiro o
joio, e atai-o em molhos para o queimar;
o trigo, porém, recolhei-o no meu celeiro”. (Mt. 13: 27-30).
Por isso que Cristo
morreu, Sua morte foi a oferta, foi o pagamento da dívida, resgate da alma que
está condenada pelo pecado ao lago de fogo e enxofre por toda a eternidade. Ele
nos resgatou da condenação! Seu sangue foi o preço do pagamento por esta alma
que tem o pecado habitando nela. Glória a Deus!
Nossas confusões de
mente são causadas por doutrinas errôneas a cerca do pecado. Pecado não é o que
eu faço, mas sim a força, ou o mal
que habita em mim que me impulsiona para diversas obras que me levam para
morte. Paulo diz que o pecado faz meu corpo cometer ou fazer diversas obras ou
concupiscências:
“Ora, as obras da
carne são manifestas, as quais são: a prostituição, a impureza, a
lascívia, a idolatria, a feitiçaria, as
inimizades, as contendas, os ciúmes, as iras, as facções, as dissensões, os
partidos, as invejas, as bebedices, as orgias, e coisas semelhantes a estas,
contra as quais vos previno, como já antes vos preveni, que os que tais coisas
praticam não herdarão o reino de Deus”. (Gl. 5:19-21).
A primeira obra do
pecado manifestado no Éden foi a desobediência. E como conseqüência
a morte! A primeira atitude desta consciência de morte foi o coser (costurar)
vestes para cobrirem a nudez, como que se as vestes pudessem esconder ou
aliviar a consciência a cerca do pecado que em nós habita. As obras que cometo são manifestadas por meio do pecado que em mim habita. Por
isto este corpo se chama “corpo do pecado” conforme Rom. 6:6-7. Como
figuradamente eu morri, logo o pecado também está morto, sem vida, ou sem
força, então Paulo diz:
“Assim também vós: considerai-vos como mortos para
o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus. Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para
obedecerdes às suas concupiscências”;
Considerem-se “...
como mortos...”, “... não reine...”, quer dizer não deixem que sejam governados
por ele, é existencial, o pecado não deixa de existir, pois ele é existencial
em nós, porém na mente é que se faz esta mortificação do corpo do pecado (Rom.
12:2). Mas assim como uma morte figurada é operada em mim, uma ressurreição
também o é, através do novo nascimento! Por isso Pedro diz que o batismo, ou
seja, morte ou sepultamento, pode ser a salvação da criação descendente de
Adão. Porque se não passarmos pela morte nunca poderemos passar para a nova
vida em Cristo. O que tratamos aqui é que para viver na eternidade teremos que
passar pela morte; já vimos isto no começo deste estudo. Se o fizermos agora
figuradamente por meio da fé, assim traremos a verdadeira ressurreição naquele
grande dia da ressurreição. Se o fizermos agora como por figura, assim será na
vinda real de Cristo nas nuvens (1 Ts. 4:13-18).
Ainda que uma pessoa
não cometa nenhuma obra da carne, nenhuma concupiscência, nenhuma sequer
relacionada na Bíblia, mesmo que ela guarde os 10 mandamentos, ela não terá
vida eterna se Jesus não se tornar para ela o Espírito de Vida que a ressuscite
no último dia.
“Os pecados de alguns
homens são manifestos antes de entrarem em juízo, enquanto os de outros descobrem-se depois. Da mesma forma
também as boas obras são manifestas antecipadamente; e as que não o são não podem ficar ocultas”. (1 Tim. 5:24-25).
“Todo o que o Pai me
dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora. Porque eu
desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me
enviou. E a vontade do que me enviou é esta: Que eu não perca nenhum de todos
aqueles que me deu, mas que eu o
ressuscite no último dia. Porquanto esta é a vontade de meu Pai: Que todo
aquele que vê o Filho e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.”
(João 6:37-40).
“Respondeu-lhe Jesus:
Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um
homem nascer, sendo velho? Porventura pode tornar a entrar no ventre de sua
mãe, e nascer? Jesus respondeu: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer da água e do Espírito,
não pode entrar no reino de
Deus. O que é nascido da carne é carne, e
o que é nascido do Espírito é espírito. Não te admires de eu te haver dito:
Necessário vos é nascer de novo.”
(João 3:3-7).
Eu não sei no que
você crê meu irmão, se é num purgatório para tirar o seu pecado, se é na
predestinação de uma vez salvo para sempre salvo, se é na justificação pela fé
em Jesus, ou pelas obras da Lei (guardando o sábado), uma coisa eu sei e foi
Jesus quem disse: Se não houver uma operação de morte para uma ressurreição em
novidade de vida, você não entra no Reino dEle! E segundo Paulo, esta operação
é feita pelo Espírito Santo em nós. Muitos buscam a santificação operada pela
carne. Eles dizem: EU parei
de fazer isto e aquilo, EU
não freqüento mais este ou aqueles ambientes, EU não como nem bebo mais isto ou aquilo, não peco mais, o
pecado, se acontecer, é um acidente na minha vida! Isto é santificação pela
carne! Na verdade, deveriam dizer: O
ESPÍRITO SANTO está operando
em mim, dia após dia, a mortificação da minha carne. Ela é feita pelo Espírito
Santo e não por mim:
“E, se o Espírito daquele que dos
mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dos
mortos ressuscitou a Cristo Jesus há de vivificar também os vossos corpos
mortais, pelo seu Espírito que em vós habita. Portanto, irmãos,
somos devedores, não à carne para vivermos segundo a carne; porque se viverdes
segundo a carne, haveis de morrer; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras
do corpo, vivereis.” (Rom. 8: 11-13).
O pecado não é um acidente em nossas vidas!
O pecado está na nossa vida!
Confesse isso a Deus! Confesse que você precisa morrer todos os dias! Que haja
em você um arrependimento contínuo de que tentar operar, por meios próprios,
essa mortificação foi, é e sempre será, a loucura de homens entenebrecidos em
seus próprios entendimentos!
Você pode ter fé em
Deus, crer nEle, pode acreditar na predestinação, pode confiar nas obras de
caridade, guardar os dez mandamentos, pode viver uma vida aparente sem mancha,
distribuir todos os seus bens com os pobres, dar a sua vida por outra pessoa,
ir a todos os cultos da igreja, fazer milagres e prodígios em nome de Jesus,
mas se não houver o Espírito Santo
habitando em você nada disto vai
te ressuscitar no último dia!
“... no qual também
vós, tendo ouvido a palavra da verdade,
o evangelho da vossa salvação, e tendo
NELE também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa,...E não
entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual fostes selados para o dia da
redenção.” (Ef. 1:13; 4:30)
“Porque, na verdade,
nós, os que estamos neste tabernáculo (corpo terrestre), gememos oprimidos,
porque não queremos ser despidos, mas sim revestidos, para que o mortal seja
absorvido pela vida. Ora, quem para
isto mesmo nos preparou foi Deus, o qual nos deu como penhor o Espírito”.
(2 Cor. 5: 4-5).
E o Espírito Santo da promessa é
este:
“Então aspergirei água pura sobre vós, e ficareis
purificados; de todas as vossas imundícias, e de todos os vossos ídolos, vos
purificarei. Também vos darei um coração
novo, e porei dentro de vós um
espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei
um coração de carne. Ainda porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e
guardeis as minhas ordenanças, e as observeis”. (Ezequiel 36:25-27)
Somente o Espírito
Santo pode gerar em nós um novo espírito, pois o que é nascido da carne é carne
(descendentes de Adão), mas o que é nascido do Espírito é espírito (descendentes de Deus)! Talvez agora
você esteja se perguntando: O Espírito Santo está habitando em mim? É simples
saber! Toda árvore produz seu fruto próprio. Ou seja, o Bem ou seja o Mal. Qual
é o fruto que sua vida tem produzido no caminho da sua existência na terra?
Você é ateu, espírita-católico, crente, protestante em
geral, predestinado, sem predestinação, adventista, testemunha de Jeová,
mórmon, budista, mulçumano, das rodas do candomblé, da umbanda, da quimbanda,
ou até de outra “banda” qualquer, seja qual for a ÁRVORE que você estiver enxertado-ligado, seja qual for o
endereço que você freqüenta, o fruto será visto e percebido por todos que te
vêem. Seja ele trigo, seja ele o joio!
“Digo, porém: Andai
pelo Espírito, e não haveis de cumprir a cobiça da carne...”
“Mas O FRUTO do Espírito é: O AMOR, A ALEGRIA, A PAZ, A PACIÊNCIA, A
BENIGNIDADE, A BONDADE, A FIDELIDADE, A MANSIDÃO, O DOMÍNIO PRÓPRIO;
CONTRA ESTAS COISAS NÃO HÁ LEI. E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne com as suas paixões e
concupiscências. Se vivemos pelo Espírito, andemos também pelo Espírito.”
(Gl. 5: 16; 22-25). Agora, pergunte às pessoas mais íntimas que você se relaciona, se elas vêem a
manifestação do Fruto
do Espírito Santo em você, então saberá se Ele de fato habita em você ou não!
As manifestações mais sutis do pecado nem todos percebem, mas a manifestação do FRUTO do Espírito Santo devem
ser visíveis e escandalosas em você! Se não é assim, ainda é tempo de mudar
esta realidade. Peça a Deus, em nome de Jesus Cristo, que Lhe dê o Espírito
Santo,
“Pelo que eu vos
digo: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á; pois todo o que pede, recebe; e quem busca acha; e ao que bate, abrir-se-lhe-á. E qual o pai dentre vós que, se o
filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, se lhe pedir peixe, lhe dará por
peixe uma serpente? Ou, se pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Se vós, pois, Sendo Maus, sabeis dar boas
dádivas aos vossos filhos, quanto
mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?”
(Luc. 11:9-13).
Depois, peça ao
Espírito Santo que opere em você o novo nascimento; creia que assim se faz e
verá uma nova frutificação em sua vida meu irmão! Aí você entenderá o que é
passar da morte para vida, ou das trevas para luz, do ódio para o amor, de joio
para trigo... Do mal para o bem. Como disse Salomão: Este caminho é como a luz
da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito! O grande
conflito existe, mas está dentro de nós. É a guerra entre o bem e o mal, entre
o pecado e o Espírito Santo que em nós habita até a nossa morte ou a vinda de
Cristo!
Que o Senhor Jesus
lhe conceda o Selo da sua redenção para a edificação do corpo eterno na Glória
do Pai! (Ef. 2: 19-22). Na casa de meu Pai tem uma morada eterna para você
viver!
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