“Estando prontos para
vingar toda desobediência, quando for cumprida a vossa obediência” 2 Cor. 10:6.
Sabemos que o Senhor
Jesus nos deixou um legado: Autoridade nos céus e na terra (Lc. 10:19), e isto
se deu na cruz quando despojou (tirou da posse...), tomou de volta a autoridade
sobre reinos, autoridade esta que Adão, através do pecado, legou a Satanás no
momento que concebeu o pecado (Gn. 3: 9-13). No entanto, Cristo não somente
retomou o domínio dos reinos como também envergonhou os principados e as
potestades, e sobre eles triunfou (Col. 2: 13-15).
Todo novo convertido
logo aprende sobre esta autoridade que também lhe foi concedida, afim de que
também venha possuir uma vida vitoriosa. Vitória sobre os principados e
potestades e também sobre o pecado. Mas não temos recebido autoridade somente
no sentido vertical (contra principados e potestades), junto com esta, há
autoridade também para o sentido horizontal (almas), e que traz a justiça e o
Juízo!
Este fundamento da
Palavra de Deus vem sendo ensinado ao longo dos anos em muitas congregações que
entendem que o evangelho não é de uma vida passiva, conformada, diante de
certas tribulações. Não obstante, alguns ainda pensam que porque Deus é
soberano e tudo está no controle de Suas mãos (o que de fato é verdade) que é da “vontade” de Deus que todas as
situações de tribulação e perseguições sejam vividas com passividade, ou
seja, “se Deus assim permitiu é porque assim deve acontecer!” Quanta cegueira
espiritual!
Na verdade é necessário
que as tribulações venham (1Pe. 1:6), elas nos aperfeiçoam para o Reino de
Deus, elas produzem crescimento em nosso homem interior (2 Cor. 4: 16-17);
porém há certas tribulações que se encontram no âmbito da vontade permissiva de
Deus a fim de que aprendamos a lutar espiritualmente fazendo uso da autoridade
que nos foi legada.
Contudo, o que
queremos edificar hoje aqui não é a respeito de um fundamento já colocado, mas
algo que fala sobre o que vem, da parte de Deus, junto com esta autoridade, e o
que isto representa para o homem ímpio, não o pecador, mas o homem infiel (Pv.
11:31; Lc. 23: 31,32; 1 Pe. 4:18).
Queremos fazer a
distinção entre o ímpio e o pecador de acordo com alguns textos. O primeiro
está revelado em Hb. 6:4-8 “... perto
está a maldição, o seu fim é ser
queimada.” (grave bem isto e retenha). O segundo é aquele que está revelado
em 1 Pe. 3:9, ou seja, aquele que ainda poderá ser salvo! Quero que fique
registrado aqui que o saber (julgar) quem é o ímpio e quem é o pecador está
somente na onisciência do Pai. O ímpio, ou iníquo, é aquele que ouviu a Palavra
de Deus, experimentou o poder de Deus, porém não quer esta verdade para si, mas
sim a glória do mundo presente, e isto por amar mais o presente século, sua
própria alma (vida), o mundo de agora (2 Tm. 4:10a). Veja também os textos em
Mt. 18: 32-35 e Rm. 11:22. É sobre este homem que veremos os efeitos que a
autoridade que nos foi investida traz sobre ele.
Você entende que Deus
sempre está trazendo juízo sobre a terra. Não somente fazendo uso do poder da
natureza (vento, água, fogo, raios, vírus... etc.), mas também liberando o poder do inimigo sobre o ímpio (1 Cor.
5:4-6; 1 Tm 1:19-20). Alguns acreditam que a figura do ímpio só se
manifesta no velho testamento, e que na dispensação da Graça ele passaria a
assumir outro caráter: o de pecador. No entanto vemos Pedro tratando com
distinção estes dois homens (1 Pe. 4:18). Por várias vezes, no VT, vemos Israel
como agente do justo juízo de Deus sobre os ímpios. As escrituras nos falam de
homens como Gideão, Sansão, Davi, Jeú e outros tantos que exerceram esta função
direta e literalmente. Sabemos que esta forma direta de juízo foi
modificada no NT.
Paulo nos ensina na
carta aos Efésios 6:10ss que nossa luta já não é contra a carne e o sangue,
porém o fato de Deus estabelecer o seu justo juízo não foi mudado! Isto não
cessou! Deus continua manifestando no presente e ainda manifestará no futuro,
ainda mais uma vez (Hb. 12:25-29) o seu justo juízo. Confira ainda os textos
Jo. 5:14b; 9:39.
Agora quando e por
que o juízo se manifesta? Seria Deus vingador? (conf. Sl. 18:46, 47; Is. 1:24;
Ap. 6:10). Vamos entender melhor isto.
Deus nos fala pela
sua Palavra que no princípio Ele fez uma aliança com Abraão. Ele tinha um
propósito nisto. Então ele fez uma promessa a Abraão: ser o pai de uma grande
nação (Gn. 15:5) e dar-lhe uma terra por herança a esta nação (Gn. 15:7). A
respeito da primeira parte da promessa Abraão não fez nenhuma manifestação, mas
na segunda, por ser velho e por não poder vê-la cumprida em vida, fez um
pedido: Senhor, como saberei que eu (minha descendência) hei de herdá-la? Por
favor, façamos um acordo que estabeleça esta parte da aliança, um contrato!
Isto não significa
que Abraão não confiasse na promessa de Deus, porém ele entendeu que havia
necessidade de se firmar um acordo, um compromisso entre as partes. Ele
entendeu que também deveria assumir alguma responsabilidade no acordo, para que
a promessa ficasse estabelecida com ele e perpetuamente, no caso de sua
descendência vir a ser infiel e mesmo assim Deus não lhe negar a promessa!
(Pré-figura Cristo – Rm. 5: 6-10).
Então Deus lhe disse:
“prepara o acordo e vamos selá-lo com sangue!” (Gn. 15:9). Os tipos de animais
pré-figura a Lei e a graça que viriam depois, dando condição para todo o povo
poder sacrificar. O fato de serem cortados ao meio, uma parte de frente p/ a
outra, representam o compromisso das partes acordadas, cada um sendo fiel ao
seu compromisso. O texto também nos revela que a descendência de Abraão também
ficaria comprometida com o acordo, mas que Abraão não viveria para cuidar
disto.
No vs. 12 diz que o
Senhor demorou a se manifestar entre as partes dos animais sacrificados,
levando Abraão a adormecer. Diz-nos o texto que Abraão foi tomado de um profundo sono (como algo que lhe fugisse
completamente de sua vontade) e adormeceu! Trevas densas e pavor falam de duas
situações que o correriam no futuro. Sua descendência passaria por um período
de angústia e sofrimento e só então ela veria a promessa cumprida (vs. 15). O
sono com densas trevas de Abraão falam também do momento que Cristo foi
torturado, julgado, crucificado, morto, sepultado e ressuscitado (Jo. 8:56)!
Ao que tudo indica no
vs. 17 Abraão não viu o Senhor passar entre as partes dos animais do
sacrifício, mas acordou no momento em que o fogo queimava, simbolizando o
aceite do acordo através daquele sacrifício. Isto nos revela que é pela fé que
aceitamos o sacrifício de Cristo por nossas vidas!
Mas veja, ainda não
falamos qual o propósito de Deus com este acordo e todo o seu cerimonial. Qual
seria o objetivo de Deus em dar muitos filhos a Abraão e também uma herança
sobre a terra?
A respeito do
contrato, nos tempos antigos, as partes envolvidas solenizavam a aliança
andando juntas por entre os pedaços dos animais (cadáveres) e declaravam para
si juramento com maldição caso alguma delas descumprisse sua parte no acordo
(Jr. 34: 18-20). Veja neste texto a parte b do vs. 20 “... e os cadáveres serviram de comida para as aves...” (Grave e retenha isto!).
Antes de entrarmos no
propósito de Deus com a aliança com Abraão queremos lembrá-lo a diferença entre
julgamento e juízo. Por exemplo, a respeito da nação do Egito o Senhor disse:
“Eu julgarei a nação”. (Is. 19:22) a nação está aí até os dias de hoje. Mas a
respeito das nações que estavam na terra prometida Ele disse: serão
exterminadas (Dt. 18: 9-13). Antes de vir o juízo de Deus há o tempo de se encher a medida dos pecados e a medida de Sua ira
. Quando o Senhor permitiu que a descendência de Abraão ficasse aproximadamente
400 anos no Egito como escravos havia dois objetivos: esperar encher a medida
dos pecados dos amorreus (Gn. 15:16) e preparar o seu juízo (um povo volumoso
para guerrear).
Deus já havia
manifestado seu juízo sobre a humanidade anteriormente, mas prometeu não
fazê-lo mais daquela maneira (Gn. 6:13; 9: 11-13). Será que porque temos a hoje
a Graça Deus mudou seu conceito de trazer seu juízo sobre a terra?
Agora vem a revelação
de tudo o que estamos tratando até aqui. Leia, por favor, o texto de Lc. 17:
20-37. Por favor, leia o texto novamente, com mais atenção. Pelo menos antes de
continuar a leitura, leia cinco vezes este texto. Creio que alguns fundamentos
humanos vão ser abalados agora!
Pergunto: Qual o
assunto do texto? Do que estão falando os fariseus, Jesus e os discípulos?
1º) vs. 20 – os
fariseus perguntam: “quando há
de se manifestar o reino de Deus?” Grave este advérbio: quando.
2º) vs. 21 – Jesus
não responde quando, mas onde e como!
Agora guarde este advérbio onde.
Agora não vamos mais
falar de quando, mas vamos
olhar para o texto e vermos onde e
como se manifesta o Reino de Deus!
Naquele momento,
Jesus diz que o seu Reino já era manifesto, não com aparência exterior e não
plenamente. Antes de alcançar a plenitude, era necessário que o Reino fosse
rejeitado. A plenitude veio após a sua morte e ressurreição (Lc. 17:25). Porém,
os discípulos não entenderam como seria isto. Jesus acrescenta que a
manifestação do Reino seria tão instantânea (Is.66:8) e tão evidente que se
pareceria com um relâmpago. Mas como? De que forma poderemos ver o Reino se
manifestando? Então Jesus começa a explicar usando algo que eles já conheciam: como
foi nos dias de Noé e como foi nos dias de Ló.
Vemos que o Reino de
Deus se manifesta às pessoas quando elas estão rodeadas por um binômio
presente: Corrupção e Justiça. Em
Gen 6: 5 e 8 está escrito: Viu o Senhor que era grande a maldade do homem na terra, e que toda a
imaginação dos pensamentos de seu coração era má continuamente... Noé, porém,
achou graça aos olhos do Senhor. Em 2 Pe. 2:5 vemos a revelação disto:...E não
poupou o mundo antigo, embora preservasse a Noé, pregador da Justiça, com mais sete pessoas... Ora, Pedro nos
diz que Noé pregou sobre Justiça? De que forma? A terra estava totalmente
corrompida, mas havia um justo sobre ela! Sua vida era uma pregação da justiça
com as ofertas de sacrifícios. Noé
manifestou o Reino de Deus!
Em Gn. 18:20-21 está
escrito: “Disse mais o Senhor: porquanto o clamor de Sodoma e de Gomorra se tem
multiplicado, e porquanto o seu pecado se tem agravado, descerei agora, e verei se em tudo tem praticado segundo
o seu clamor, que a mim tem chegado; e se não sabê-lo-ei”. O que Deus
está revelando aqui? Há duas coisas subindo ao conhecimento de Deus: Clamor e
pecados. Alguém está clamando e alguém está pecando. Mas Deus diz que primeiro
ele vai conferir se o clamor é verdadeiro, se é reto, se é justo. “... prontos
para vingar toda a desobediência quando for cumprida a vossa obediência” (2
Cor. 10:6). Então para que o Reino de Deus se manifeste é necessário duas
coisas ocorrendo num mesmo lugar: Alguém
pecando e alguém clamando!
Noé pregador de
Justiça, Ló juntamente com o sangue de outros justos (mortos) clamavam pelas
almas!
Me perdoem os
teólogos de plantão, o texto fala de muitas coisas, mas não vejo nele qualquer
fundamento escatológico a respeito da segunda vinda de Cristo. Em primeiro
lugar não existe nenhum texto bíblico que use a expressão “segunda” vinda, mas
sim tão somente a vinda (parousia). Em
segundo lugar o texto não está tratando de um tempo (quando), mas de um modo
e lugar (onde), portanto não fala de arrebatamento, não está falando do
Senhor retirar da terra a sua igreja, visto que é a Igreja que manifesta o Reino (Noé e Ló)!
Onde o reino se
manifestar será como nos dias de Noé e de Ló. Procure outros textos para falar
de vinda do Senhor como em Mt. 24:27, 1 Ts. 4:15 e outros, mas aqui mostra os
dias da manifestação do Reino, da Palavra de Reino, da Graça e Salvação. Mas
“quando” o Reino se manifesta? Fariseus!!!
Não é quando, é onde..., de que forma! Você está preocupado com a volta do
Senhor? Preocupe-se em como e onde manifestar o Reino dEle primeiro!
(Mt. 24:14)
Todas as vezes que o
evangelho é anunciado a uma pessoa, o Reino do Filho é manifestado a ela, então vem o fim! Que fim? O fim do
mundo? Não! O fim de um tempo! Lembra, como Noé e Ló?
Sempre tem a medida
dos pecados de alguém enchendo a taça de Deus, mas também sempre tem um
pregador de justiça e um que clama pelas almas ao lado desta pessoa.
Então, todas as vezes que a Igreja (nós) manifesta o Reino de Deus a uma pessoa
abrimos um tempo de arrependimento para esta pessoa, e então virá o fim! Que
fim? O Juízo! “Quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do Juízo” Jo. 16:8.
O evangelho (boas
novas) não se prega dentro do templo, entre quatro paredes. Dentro do templo se
ensina a viver como Cristo! Em Mt. 5:14,15 diz: “Vós sois a luz do mundo... nem
os (Trindade) que acendem uma
candeia a colocam debaixo de uma vasilha.” A igreja formal é feita de paredes e
nós, a luz do mundo, estamos sendo
igreja somente dentro de quatro paredes. Desculpe, isto não é igreja! Se você
só manifesta a luz (Reino) na vasilha, você não é igreja! Quem acende tem um
propósito: iluminar a casa! Que casa? A casa de alguém!
Em João 3:19-21 diz:
“O julgamento é este: a luz veio ao mundo... todo aquele que pratica o mal aborrece a luz, e não vem para a luz (o
ímpio não vem, mas o pecador vem), para que suas obras não sejam reprovadas”. O
julgamento é reprovar as obras más! Os textos dizem que se somos de Cristo somos a luz do mundo. Os veladores são pequenos
pires de barro onde se depositam o azeite, para que este venha inflamar o pavio
e então iluminar a casa! No VT, o azeite (símbolo do Espírito Santo) usado como
combustível, era trazido pelo povo (Ex. 27: 20,21).
Quando a igreja
entender que ela só será funcional quando estiver atuando fora de quatro
paredes (não debaixo da vasilha, mas no velador), então ela manifestará o
Reino, e o Reino é a luz, e a luz reprova as obras dos ímpios, e então, se abre
um tempo, o tempo de se encher a medida dos pecados, e então virá o fim! Aí
teremos dias melhores!
Nunca esqueça meu irmão, não saia de casa sem o azeite,
para não acontecer de você não ser avivado no culto por simples falta de
combustível! Traga o azeite contigo! Pastores, louvores e mensagens não podem
lhe fornecer o azeite, é você quem deve trazê-lo!
Torno a dizer: a
manifestação do Reino não se dará na vinda do Senhor, entre nuvens, Ele já é
manifesto, por isso Jesus está dizendo: NÃO É QUANDO, É ONDE!
Vamos cavar mais
fundo agora!
Em ambos os casos,
Noé e Ló, Deus visitou a terra com juízo depois
de manifestar o Reino, ou seja, Sua Palavra! No primeiro exemplo Ele usou água, no segundo Ele usou fogo. No Novo testamento Deus continua
a usar a mesma manifestação de Juízo: “... e já está posto o machado à raiz das
árvores... Ele vos batizará no Espírito
Santo e em fogo” (Mt. 3:10, 11).
Agora repare a conversa de Jesus com Nicodemos: “... se alguém não nascer da água e do Espírito...” Aqui Jesus não
usou a expressão fogo! Portanto
entendemos que a palavra fogo na bíblia é sinal de Juízo, e agora
vem aquele que batiza no Espírito e em fogo! Que pode significar isto? Justiça e Juízo!
Compare com o exemplo
de Paulo em 1 Cor. 10:1, 2. Ele está falando de uma tipologia de morte, de
sepultamento, de batismo. A água foi no mar vermelho, e o fogo foi em nuvem ou
coluna de fogo, e então ele nos diz: Não sejam como eles que pereceram no
deserto, porque tanto a justiça de Deus como os Seus justos juízos
acompanharam o povo por quarenta anos no deserto! (1 Cor. 10:5b).
A manifestação do
Reino através da vida de um homem justificado pela fé em Cristo (Rom. 5:1), o
qual é sinônimo de igreja funcional, traz a justiça ou o juízo de Deus sobre as
almas. Confira 1 Cor. 1:18; 2 Cor. 4:2-5; 1 Ts. 2:9-16 e preste bem atenção em
1 Ts. 2: 14-16. É interessante como Deus trata com o ímpio! Veja também em Ef.
2: 1-3 (filhos da ira, juízo)!
Agora, se o texto de
Lc. 17: 20-37 não é sobre arrebatamento, e você não deve ficar bravo comigo por
causa disto, você pode continuar acreditando que é e não manifestar o Reino
hoje, não tem problema, mas deixe por um pouco este conceito antigo, então do
que trataria o texto?
Veja como Jesus
explica onde e como o Seu reino se manifesta. Ele diz: Não
ame mais a sua vida do que meu reino (Lc. 17:33). Onde e como, em sua vida, o
Reino dele se manifesta, deixe-o tratar com você! Então o Reino se manifesta:
1º) lugar - no
casamento: cama (vs. 34);
2º) lugar - na
família: moendo (vs 35);
3º) lugar - no
trabalho: campo (vs. 36);
Você entende que a pregação do Reino nem
sempre é recebida por todos num mesmo lugar, há o que o rejeita também. Jesus
diz: é necessário que esta geração
me rejeite antes que eu faça como fiz nos dias de Noé e de Ló (vs.25, 26). Isto
prova o grande amor de Deus para com os perdidos, que lhes enche de
oportunidade de salvação até que a medida de seus pecados complete a taça da
ira dEle!
E por causa desta
rejeição, um será tomado (poupado) – “Então disseram os homens a Ló: Tens
mais alguém aqui? Teu genro (parece que uma filha que não quis ir por que era
casada com um incrédulo), e teus filhos, e tuas filhas, e todos quanto tens na cidade (amigos), tira-os para fora deste lugar (lugar de
corrupção)” (Gn. 19:12). Ao que tudo indica, eles não acreditaram em Ló,
achavam que ele estava louco ou fazendo brincadeira! Então zombaram de Ló (vs.
14). Por isso Ló era um justo no meio de uma geração incrédula (Fl. 2:15)
E outro será levado?
“... até que veio o dilúvio e os levou
a todos...” (Mt. 24: 38-41). Neste exemplo quem foi poupado, ou deixado (em um lugar de justiça – a arca), foi
Noé e o juízo (dilúvio) veio e levou a todos! Noé, porém, trouxe consigo os que
creram para dentro da arca que é Cristo!
Vemos então que o
texto fala de onde e como o Reino de
Deus se manifesta em nossas vidas. Depois dele proclamado abre-se um tempo de
arrependimento, vindo depois disto a salvação para uns e maldições para outros
tantos. Mas este tempo está na onisciência de Deus que diz:...”Ele é longânimo
para conosco, afim de que ninguém se perca, mas que todos venham ao
arrependimento” (2Pe. 2:9). Somente Deus pode determinar a medida dos pecados
do homem (Mt. 23: 32-39). Por isso nunca podemos parar de manifestar o Reino a
quem quer que seja!
Nunca desista de
alguém a menos que Deus lhe ordene isto! (Ec. 11:5).
“...mas ele (Ló) se demorava; pelo que os homens (os anjos) pegaram-lhe pela mão a ele, à sua
mulher, e as suas filhas, sendo-lhe misericordioso o Senhor. Assim o tiraram e o puseram fora da cidade.”
(Gn. 19:16)
Vejam, sempre temos
os fariseus perguntando quando ele
se manifesta. Eles se preocupam com o
tempo, não com o momento, com o agora, o que fazer hoje! “Quando o Senhor me livrará disto, ou
daquilo, ou daquele outro?”. Em Ec. 11:4 diz: “Aquele que observa o vento, não semeará, e o que atenta para as
nuvens não segará.”
Podemos perceber que
neste texto há outra revelação. Abraão já havia testificado deste Reino. O
pecador quer saber: Onde está o Reino (Lc. 17:37)? “Jesus responde: Onde estiver
o
corpo, ali se ajuntaram os abutres”!
Nós como igreja que
manifesta o Reino de Deus, somos o seu corpo na terra, atraindo muitos para
salvação, mas também, trazendo sobre outros tantos o justo juízo de Deus. Como
disse Jesus em Ap. 19:17:...Um dia o Senhor chamará todas as aves do céu para
comer a carne de todos os que rejeitaram o viver com Cristo (Lc. 17:33). Todos
aqueles que rejeitaram a luz para viverem o presente século (2 Tm. 4:10a).
Confira Jó 27: 13-23; Pv. 13:22; Ec.
2;26; At. 5: 1-10; 1 Tm. 1: 18-20; 1 Cor. 5: 1-13; Rm. 2: 1-16; 1 Cor. 6;
12-20.
Irmão, não fique
preocupado com o amanhã. Basta a cada dia o seu próprio mal. Preocupe-se em
manifestar o reino de Deus todos os dias que lhe restam de sua vida, e assim
traremos o tempo do fim para as perseguições, angústias, tribulações e tantos
outros sofrimentos que nos cercam por falta da manifestação do Reino de Deus
através das nossas vidas!
Paulo nos ensina: “Estando prontos para vingar toda a
desobediência quando for cumprida a vossa obediência”
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