terça-feira, 3 de setembro de 2013

EDIFICANDO A MORADA DO ESPIRITO - PARTE II

“Assim, pois, não sois mais estrangeiros, nem forasteiros, antes sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo o próprio Cristo Jesus a principal pedra da esquina; no qual todo o edifício bem ajustado cresce para templo santo no Senhor, no qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus no Espírito.” Efésios 2:19-22.
Acredito que a função dos ministérios dados a nós pelo Espírito Santo é edificar a Morada de Deus. Você também pode chamá-la de a “Casa de Deus” conforme Hebreus 3:5-6, ou o “Tabernáculo de Deus” conforme 2 Cor. 5:1-2, Apocalipse 21:3 e ainda, “Santuário de Deus” conforme 1 Cor. 3:16; 6:19.
O que realmente importa é que neste corpo estamos sendo edificados para sermos revestidos de um corpo imortal, incorruptível que nos aguarda nos céus. O Ap. Paulo ainda nos diz que este corpo é como um vaso que contém a Glória de Deus (Rom. 9:20-24; 2 Tm. 2:20-21) e que se estiver purificado (santificação pelo Espírito) será para uso honroso. Ajudar o povo de Deus a buscar ser vaso para honra é uma das funções dos ministérios, como também unir estes vasos em só Corpo, num mesmo Espírito, num só Senhor, numa só fé, num só batismo, num só Deus e Pai conforme Efésios 4: 1-16.
Assim como no passado Deus apresentou um modelo para ser a sua habitação temporária (Ex. 25:8), e através de cada utensílio (peça) Ele ensinava, como que por figuras, o significado para nós que agora vivemos, que assim como há um santuário terrestre, há também um celestial, um corpo terrestre e um corpo celestial conforme 1 Cor. 15:40-49. Portanto, se queremos entender o conceito de que somos habitação temporária de Deus na terra, temos que entender o conceito das Escrituras antigas a cerca da habitação temporária de Deus conforme o modelo dado a Moisés.
Este estudo é parte da função dos ministérios. Pois se estes não levarem o Corpo de Cristo, que está na terra, a uma consciência daquilo que verdadeiramente somos, nos encontraremos nus mesmo estando vestidos! (2 Cor. 5:3). Vamos começar esta construção pelo entendimento do escritor aos Hebreus no capítulo 9:6-12:
“Ora, estando estas coisas assim preparadas, entram continuamente na primeira tenda os sacerdotes, celebrando os serviços sagrados; mas na segunda só o sumo sacerdote, uma vez por ano, não sem sangue, o qual ele oferece por si mesmo e pelos erros do povo; dando o Espírito Santo a entender com isso, que o caminho do santuário não está descoberto, enquanto subsiste a primeira tenda, que é uma parábola para o tempo presente, conforme a qual se oferecem tanto dons como sacrifícios que, quanto à consciência, não podem aperfeiçoar aquele que presta o culto; sendo somente, no tocante a comidas, e bebidas, e várias abluções, umas ordenanças da carne, impostas até um tempo de reforma”. “Mas Cristo, tendo vindo como sumo sacerdote dos bens já realizados (em carne, corpo mortal), por meio do maior e mais perfeito tabernáculo (não feito por mãos, isto é, não desta criação), e não pelo sangue de bodes e novilhos, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez por todas no santo lugar (corpo glorificado), havendo obtido uma eterna redenção”.
Este texto do novo testamento nos remete ao antigo, e como por figura, parábola, nos é apresentado um significado a cerca do tabernáculo terrestre e do celestial. O terrestre é limitado a várias ordenanças da carne, isto é, o prestar um culto conforme o modelo dado a Moisés, porém este culto sofre uma reforma e é desfeito o primeiro modelo, ou seja, a primeira tenda, quando Jesus por meio do Seu próprio sacrifício e sangue adentra um maior e mais perfeito tabernáculo. Seu novo corpo desfaz o modelo das antigas escrituras. Daí a grande preocupação que os Sacerdotes tinham em relação a Jesus no evangelho. Prestem atenção:
“Protestaram, pois, os judeus, perguntando-lhe: Que sinal de autoridade nos mostras, uma vez que fazes isto? Respondeu-lhes Jesus: Derribai este santuário, e em três dias o levantarei. Disseram, pois, os judeus: Em quarenta e seis anos foi edificado este santuário, e tu o levantarás em três dias? Mas ele falava do santuário do seu corpo.” (Jo. 2:18-21).
Esta preocupação na verdade os conduziu ao ódio, pois não entendiam e não aceitavam o que Jesus falava. Foi por causa desse ódio que foram  levados a seguinte idéia:
“Então os principais sacerdotes e os fariseus reuniram o sinédrio e diziam: Que faremos? porquanto este homem vem operando muitos sinais. Se o deixarmos assim, todos crerão nele, e virão os romanos, e nos tirarão tanto o nosso lugar como a nossa nação. Um deles, porém, chamado Caifás, que era sumo sacerdote naquele ano, disse-lhes: Vós nada sabeis, nem considerais que vos convém que morra um só homem pelo povo, e que não pereça a nação toda. Ora, isso não disse ele por si mesmo; mas, sendo o sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus havia de morrer pela nação, e não somente pela nação, mas também para congregar num só corpo os filhos de Deus que estão dispersos. Desde aquele dia, pois, tomavam conselho para o matarem.” Aliás, quando não entendemos alguma coisa (da mente do Espírito) temos a tendência de odiar a mente que nos fala das coisa espirituais, só porque não a compreendemos! 1 Cor. 2:14.
Vejam também que o primeiro mártir da igreja (Estevão)  foi morto pelo mesmo ódio e motivo:
“Assim excitaram o povo, os anciãos, e os escribas; e investindo contra ele, o arrebataram e o levaram ao sinédrio; e apresentaram falsas testemunhas que diziam: Este homem não cessa de proferir palavras contra este santo lugar e contra a lei; porque nós o temos ouvido dizer que esse Jesus, o nazareno, há de destruir este lugar e mudar os costumes que Moisés nos transmitiu.” (Atos 6:12-14).
Se você é religioso poderá correr o mesmo risco ao se deparar com a verdade que a Escritura diz a cerca do que seja o Templo. E a partir de agora, buscaremos entender o significado da Tenda (Tabernáculo) do antigo testamento, e conduzir a nossa consciência ao conhecimento da verdade a cerca desse nosso tabernáculo terrestre (corpo), que nos foi dado temporariamente a fim de aprendermos, através deste, o significado daquele que esperamos!
O velho testamento nos foi dado como exemplo das coisas que são e hão de serem manifestas (Rom 15:4; 1 Cor. 10:11), mas se olharmos para ele apenas como livros históricos nada se nos aproveitará. Assim precisamos em primeiro lugar nos libertar das ficções e sofismas que nos foram passados ao longo destes anos e levar nossas consciências cativas ao Espírito de Cristo (2 Cor. 10:5), que aperfeiçoa nossos espíritos (mentes) (Hb. 12:22-24) a fim de nos conhecermos melhor e nos integrarmos com a verdade dEle.
Penso que se fossemos relacionar todos os detalhes que são descritos no livro do Êxodo a cerca da construção do Tabernáculo, esta vida não seria suficiente para terminar este estudo. Assim faremos um estudo simples, porém sem perder a essência daquilo que estamos edificando. Mesmo porque, os princípios que usaremos para esta edificação serão como “ferramentas em mãos do artífice”  (1 Cor. 3:10), que por si mesmo poderá continuar a edificar, porém não sem a Unção do Santo, pois sem Ela não se chega a perfeição! (1 Jo. 2:26-27).
O Tabernáculo foi construído para possuir três ambientes. O átrio ou Pátio (parte não coberta) com um altar para os sacrifícios, depois outra parte (coberta) chamada Lugar Santo e finalmente uma terceira parte (coberta) chamada Santo dos Santos ou Santíssimo lugar. O fato de se terem partes cobertas e não cobertas demonstra lugares que se podem se ver ou entrar. Por exemplo, no átrio temos o lugar dos sacrifícios visível a todo o povo; no Lugar Santo apenas os sacerdotes poderiam adentrar, e no Santíssimo somente o Sumo-sacerdote e apenas uma vez ao ano.  Agora vamos buscar o entendimento a cerca desta divisão em nós, se nos conhecermos como Tabernáculo de Deus na terra. Paulo nos ensina que  os nossos membros (Mãos, pés, língua, ouvidos, olhos, etc) servem agora como instrumentos de justiça e de adoração. Vejam:
“Falo como homem, por causa da fraqueza da vossa carne. Pois assim como apresentastes os vossos membros como servos da impureza e da iniqüidade para iniqüidade, assim apresentai agora os vossos membros como servos da justiça para santificação.” (Rm 6:19). “Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.” (Rm 12:1).
Se com o culto dos bens (corpo expiatório) realizado no tabernáculo de Moisés se ofereciam holocaustos e sacrifícios é certo que com o culto dos bens (corpo) prestado neste tabernáculo também se façam as mesmas ofertas, porém é necessário que entendamos que estas não se fazem mais por meio de sacrifícios de animais, mas com o nosso próprio corpo e membros podemos oferecer a Deus sacrifícios de louvor. Portanto, o pátio nos remete ao corpo físico, pois este é visto e percebido por todos, e toda a adoração a Deus é manifestada através dele.
Depois adentramos a área que é coberta e que não pode ser vista pelo povo, mas somente por aqueles que tem autorização para estarem lá: o Lugar Santo. Isto no remete a um lugar em nós que somos feito e que as pessoas  não podem ver, mas sabem o que acontece lá: Nossa Alma e figurativamente conhecida por nosso “coração”.
Aqui teremos muito que falar e introduziremos esse assunto a partir dos utensílios dispostos neste ambiente com seus significados.
Temos que entender que assim como o tabernáculo de Moisés é a figura do tabernáculo/Corpo do Cristo (JESUS) e que todos os utensílios usados possuem sempre a ordem de serem ungidos e santificados, nós assim também estamos sendo edificados para sermos esse tabernáculo tanto nesta vida como na vindoura.
“Como podeis crer, vós que recebeis glória uns dos outros e não buscais a glória que vem do único Deus? Não penseis que eu vos hei de acusar perante o Pai. Há um que vos acusa, Moisés, em quem vós esperais. Pois se crêsseis em Moisés, creríeis em mim; porque de mim ele escreveu. Mas, se não credes nos escritos, como crereis nas minhas palavras?” (Jo. 5:44-47).
Vejam o que está escrito no Livro do Êxodo:
“Depois disse o Senhor a Moisés: No primeiro mês, no primeiro dia do mês, levantarás o tabernáculo da tenda da revelação, e porás nele a arca do testemunho, e resguardaras a arca com o véu. Depois colocarás nele a mesa, e porás em ordem o que se deve pôr em ordem nela; também colocarás nele o candelabro, e acenderás as suas lâmpadas. E porás o altar de ouro para o incenso diante da arca do testemunho; então, pendurarás o reposteiro da porta do tabernáculo. E porás o altar do holocausto diante da porta do tabernáculo da tenda da revelação. E porás a pia entre a tenda da revelação e o altar, e nela deitarás água. Depois levantarás as cortinas do átrio ao redor, e pendurarás o reposteiro da porta do átrio. Então tomarás o óleo da unção e ungirás o tabernáculo, e tudo o que há nele; e o santificarás, a ele e a todos os seus móveis; e será santo. Ungirás também o altar do holocausto, e todos os seus utensílios, e santificarás o altar; e o altar será santíssimo. Então ungirás a pia e a sua base, e a santificarás.” (Ex. 40:1-11).
Amados, existem três utensílios no Lugar Santo: A Mesa da Preposição (ou da Presença), o Candelabro para iluminar e o Altar de ouro para o incenso.
Na mesa estavam permanentemente 12 pães que seriam trocados a cada 7 dias. O significado para eles era que cada pão representava uma das 12 tribos e o cuidado (provisão) de Deus para o povo que sobreviveu saindo do Egito e habitando no deserto. Além destes significados, encontramos muitos outros para nós hoje. Por exemplo, que fomos comprados por bom preço e não estamos mais debaixo da escravidão do pecado, portanto não recebemos mais o cuidado daquele nos escravizava, mas recebemos provisão dos Céus, dEste que agora nos supre em todas as coisas. (Fl. 4:19). Os pães também falam do corpo de 7 dias, pois Deus fez a criação em 7 dias mas descansou no 7º para nos prover um novo corpo em eternidade. Mas quero ressaltar um significado ainda maior. Se aquele tabernáculo representa Cristo, ouça:
“Perguntaram-lhe, então: Que sinal, pois, fazes tu, para que o vejamos e te creiamos? Que operas tu?  Nossos pais comeram o maná no deserto, como está escrito: Do céu deu-lhes pão a comer. Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: Não foi Moisés que vos deu o pão do céu; mas meu Pai vos dá o verdadeiro pão do céu. Porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo. Disseram-lhe, pois: Senhor, dá-nos sempre desse pão. Declarou-lhes Jesus. Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim, de modo algum terá fome, e quem crê em mim jamais terá sede. Mas como já vos disse, vós me tendes visto, e contudo não credes.” (Jo. 6:30-36). “o pão nosso de cada dia nos dá hoje;” (Mt. 6:11).
Isto significa que em nosso interior deve haver Pão do Céu. Talvez agora muitos possam entender porquê, mesmo sendo consagrado a Deus os pães da preposição, não impediram Davi e seus companheiros quando estavam famintos de entrar no templo e saciar a sua fome com eles! (1 Sm 21:4-6; Mateus 12:3-4; Sl. 132:13-16). Hoje, só existe um alimento para nossa alma: A PALAVRA de DEUS. Ela é o pão que nos é dado diariamente, sem medida, e que deve ser renovada em nós periodicamente.
O Candelabro nos reserva inúmeros significados. Apenas alguns serão vistos aqui. Diz que a função dele era iluminar o que estava a sua frente. Conforme a descrição que segue em Ex. 40:17-33:
“...Pôs também na tenda da revelação o candelabro defronte da mesa, ao lado do tabernáculo para o sul, e acendeu as lâmpadas perante o Senhor, como o Senhor lhe ordenara.” (vs 24, 25). Este Candelabro nos remete aos sete candelabros de Apocalipse 1:20, indicando assim que a função deles é revelar (iluminar) o Pão que desceu do Céu. O Candelabro foi feito de vários componentes. Em ouro fundido significando igrejas forjadas na prova do fogo (1 Pe 1:6-7; 2 Ts 1:3-12), em uma só peça, falando assim de unidade e semelhança entre elas, e possuindo lâmpadas que deveriam ser alimentadas por combustível vegetal (azeite), o mesmo utilizado para ungir os utensílios do tabernáculo. De forma que as sete igrejas do Apocalipse não são denominações ou religiões mas igrejas (pessoas) que estão sendo edificadas a partir do fundamento Cristo conforme 1 Cor. 3:10-11. O Candelabro servia a Luz para o ambiente por 24 horas, sendo que nas doze horas do dia apenas uma lâmpada central era mantida acesa enquanto que nas doze horas da noite todas deveriam permanecer acesas. Isto significa que “luz” na “Luz” somente a Luz que precisa, enquanto que Luz nas trevas todas as lâmpadas devem estar funcionando.
Mas queremos ressaltar uma função ainda maior do que tudo isto que vimos: O AZEITE.
Segundo a Lei ele deveria ser trazido pelo próprio povo. Seguia-se o costume de colherem as azeitonas e levarem para casa e com auxilio de um pilão baterem as azeitonas e depois depositarem, em um saco pendurado, a massa moída, para que aos poucos o óleo fosse sendo extraído e separado da massa. Este óleo era usado para compor o óleo da unção e para combustível das lâmpadas do Candelabro. (Ex. 27:20; 30:22-33; Lv. 24:2). Ora o significado disso tudo é um só. O Óleo para unção como o combustível para iluminar o tabernáculo nos fala do Espírito Santo de Deus.
Em Mateus 25 vemos Jesus trazer uma parábola a cerca das 10 noivas (virgens) que tinham uma lâmpada cada. O texto gira em torno das que possuem azeite e das que não o tem em abundância. Exatamente a falta de azeite revela uma igreja com pouca ou sem LUZ. Uma igreja sem Luz não pode mostrar o NOIVO nem tão pouco revelá-lo. É por isso que nesta parábola Jesus diz que o noivo responde a essas que não tinham do SEU azeite a seguinte frase: Não vos conheço.
Amados, a função do Espírito Santo é revelar-nos Jesus e fazer com que outros o vejam revelado em nós. Outra função é nos identificar como sendo pertencentes a Cristo. Trata-se de um selo, uma garantia, um penhor da nossa redenção. ( 2 Cor. 1:21-22; Ef. 1:13-14; 2 Tm 2:19). Mas se o Candelabro é aquilo que ilumina o suprimento é por meio dele que encontramos revelação na Palavra de Deus. Ele conduz nossas almas para Cristo o tempo todo, nos fornecendo Lâmpada para nossos pés e Luz para os nossos caminhos (Sl. 119:105). Na seqüência veremos o altar do incenso e sua função e significado. Ouçam:
“E porás o altar diante do véu que está junto à arca do testemunho, diante do propiciatório, que se acha sobre o testemunho, onde eu virei a ti. E Arão queimará sobre ele o incenso das especiarias; cada manhã, quando puser em ordem as lâmpadas, o queimará.” (Ex. 30:6-7). Este incenso era feito segundo várias especiarias e produzia, quando queimado, uma fumaça aromática como um cheiro suave. O Ap. Paulo diz que em nós se encontra o bom perfume de Cristo:
“Graças, porém, a Deus que em Cristo sempre nos conduz em triunfo, e por meio de nós difunde em todo lugar o cheiro do seu conhecimento; porque para Deus somos um aroma de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem. Para uns, na verdade, cheiro de morte para morte; mas para outros, cheiro de vida para vida. E para estas coisas quem é idôneo? Porque nós não somos falsificadores da palavra de Deus, como tantos outros; mas é com sinceridade, é da parte de Deus e na presença do próprio Deus que, em Cristo, falamos.” (2 Cor. 2:14-17).
Por último e mais importante o Santo dos Santos. Este ambiente era separado dos demais por um véu. Como que se aquilo que estivesse dentro fosse inacessível ao homem comum. Nele estava uma arca: “Também farão uma arca de madeira ,de acácia; o seu comprimento será de dois côvados e meio, e a sua largura de um côvado e meio, e de um côvado e meio a sua altura. E cobri-la-ás de ouro puro, por dentro e por fora a cobrirás; e farás sobre ela uma moldura de ouro ao redor; e fundirás para ela quatro argolas de ouro, que porás nos quatro cantos dela; duas argolas de um lado e duas do outro. Também farás varais de madeira de acácia, que cobrirás de ouro. Meterás os varais nas argolas, aos lados da arca, para se levar por eles a arca. Os varais permanecerão nas argolas da arca; não serão tirados dela. E porás na arca o testemunho, que eu te darei. Igualmente farás um propiciatório, de ouro puro; o seu comprimento será de dois côvados e meio, e a sua largura de um côvado e meio. Farás também dois querubins de ouro; de ouro batido os farás, nas duas extremidades do propiciatório. Farás um querubim numa extremidade e o outro querubim na outra extremidade; de uma só peça com o propiciatório fareis os querubins nas duas extremidades dele. Os querubins estenderão as suas asas por cima do propiciatório, cobrindo-o com as asas, tendo as faces voltadas um para o outro; as faces dos querubins estarão voltadas para o propiciatório. E porás o propiciatório em cima da arca; e dentro da arca porás o testemunho que eu te darei. E ali virei a ti, e de cima do propiciatório, do meio dos dois querubins que estão sobre a arca do testemunho, falarei contigo a respeito de tudo o que eu te ordenar no tocante aos filhos de Israel.(Ex. 25:10-22).
A partir de agora, só veremos a Jesus no Santos dos Santos. Dentro da Arca estava contido: Um pote com uma porção do Maná, uma vara que floresceu na mão de Arão e as tábuas de pedra com os dez mandamentos. A simbologia destes três elementos fala o tempo todo de Jesus. Ele é o mandamento de Deus, a provisão de Deus e o ramo que mesmo cortado da terra reviveu. “Dentro da Arca” fala daquilo que esta oculto aos olhos dos homens mas que agora rasgando-se o véu que nos separava de vê-lo podemos ter livre acesso a Ele e o adorar em espírito e em verdade. Outras revelações podem ser tiradas destas figuras, mas a que mais me impressiona é a de ver Deus se manifestar e falar sobre a ARCA entre os Querubins:
“E ali virei a ti, e de cima do propiciatório, do meio dos dois querubins que estão sobre a arca do testemunho, falarei contigo a respeito de tudo o que eu te ordenar no tocante aos filhos de Israel”.(Ex. 25:22). Esta parte é tremenda pois das coisas que faltam ser comparadas a nós aqui é o espírito do homem (sua mente). Vimos o átrio como Corpo, o Lugar Santo como a Alma e agora o espírito como o Santo dos Santos. Isto determina uma verdade: Deus não se manifesta no Lugar Santo, só no Santíssimo e fala de cima do Propiciatório que cobre a ARCA do Concerto, ou seja, nunca você ouvirá a Deus em seus membros (ouvidos), nem mesmo em seu coração (não se pode confiar nele conforme Jeremias 17:9), mas somente em seu espírito (mente). Ele falará contigo e tudo quanto Ele te disser o Filho te revelará. Ouçam:
”Naquele tempo falou Jesus, dizendo: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado. Todas as coisas me foram entregues por meu Pai; e ninguém conhece plenamente o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece plenamente o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar”. (Mt. 11:25-27).
Nós não podemos dizer que este estudo termina aqui, pois isto reduziria a nada a obra tão maravilhosa descrita nas Escrituras. Mas assim como a nós nos foi dado o conhecer de Deus, assim transmitimos com verdade e não com engano uma revelação simples do que propomos aqui:
EDIFICAR A IGREJA DO SENHOR NA TERRA, A QUAL AS PORTAS DO INFERNO NÃO PODERÃO JAMAIS PREVALECER CONTRA ELA.
Esta é a nossa função Amados, como bons despenseiros (1 Cor. 4:1-2) da Graça de Cristo formar em cada indivíduo na terra uma igreja ou Templo. Meditem nas igrejas do Apocalipse e vejam como está a que foi edificada em você. Com qual delas você se parece? Que o Espírito Santo de Deus, o qual é a unção da qual precisamos para nos guiar em toda a verdade seja seu combustível na Luz do Evangelho que resplandece em tua vida. Deus te abençoe.

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