Temos em Gênises o
início da criação, como se desenvolveu e como se finalizou. O mais lindo de
tudo é que Deus criou um espaço-tempo e o chamou de Shabbat (do hebraico se
traduz por sábado, que significa: descanso).
Por muitos anos eu aprendi que após seis dias de trabalho, Deus finalmente
descansa do seu trabalho. Abençoa o sétimo dia, atitude que não demonstra nos
outros seis, e declara, mais tarde ao povo de Israel, que este dia é Santo ao
Senhor.
A partir daqui,
muitas são as discussões e pouco ou quase nada em discernimento em torno do dia
sétimo abençoado por Deus, e que nós devemos também descansar nEle, pois
tornou-se o dia do Senhor e portanto o dia mais memorável de todos.
Finalmente uma luz a
cerca desta verdade eu alcancei. Verdadeiramente, o Shabbat é dia Santo,
dedicado a Deus para toda a eternidade, ainda que na eternidade eu não creia
que haverá dias semanais para serem contados, portanto posso então entender,
que no Shabbat de Deus será um dia
eterno, sem horas, sem dia e noite, sem o dia de amanhã e sem o dia de ontem.
Não se nasce, nem se envelhece, nem se morre no Shabbat de Deus. Na eternidade
não dormimos para acordarmos no dia seguinte, entendeu?
Na carta aos Hebreus,
o escritor dedica parte do capítulo 4
para revelar o que estou acabando de escrever.
Ele diz que qualquer
pessoa que tenha entrado no descanso de Deus descansa das suas obras como Deus
descansou das Suas (vs. 10). Deus reserva o descanso para aqueles que crêem
nEle por meio da Fé (vs. 2), e rejeita aqueles que não creram nas boas novas,
que quer dizer EVANGELHO.
É certo quase todo
povo de Israel duvidou que entrariam na terra prometida, não uniram os
mandamentos de Deus com as promessas de Deus (Heb. 3:19). Paulo diz que isto é
uma figura para interpretarmos. Cumpriram os mandamentos, mas não creram nas
promessas dos mandamentos. Guardaram o sábado, mas não creram que Deus daria a
eles o descanso, a terra prometida. E diz o escritor de Hebreus que nós os que
temos crido na pregação do Evangelho, ou seja, nas boas novas, que foram também
pregadas a eles, é que entramos no
descanso de Deus. Assim sendo, fica claro, que um dos simbolismos que Deus quer
nos ensinar a cerca do Shabbat é o crer nas promessas que Ele nos faz, as quais
conhecemos através dos mandamentos que Ele nos ensinou para podermos entrar no
Seu descanso (vs. 3).
Outro grande
simbolismo do Shabbat fala do número 7. Em seis dias há trabalho, mas no sétimo
não há. Esta revelação fala da nossa eternidade com Deus. O número seis
representa o número do homem e toda a sua existência, do berço a sepultura. O
número sete representa o número de Deus, que diz que no dia seguinte ao dia do
homem (Sexto dia), haverá perfeição, haverá para ele uma eternidade Santificada
inteiramente para Deus. Nada mais será feito no sétimo dia de Deus, pois ele será
para todo sempre dedicado ao Senhor Deus criador de todo o universo.
Mas agora vem a
questão. Se guardarmos os mandamentos, mas não unirmos eles com fé nAquele (Jesus)
que pode nos introduzir no Shabbat de Deus será em vão nossa crença, pois não
haverá eternidade para aqueles que não creram nas boas novas. Mandamentos sem
Evangelho é letra sem vida, morte sem ressurreição! Não entram no descanso, no
Shabbat de Deus!
Mais um simbolismo
que queremos trazer sobre o Shabbat de Deus é que nos seis dias da criação ela é
finalizada com a formação do homem, um ser que peca no seu primeiro dia de
existência, e não passa do primeiro dia dele, pois antes de completá-lo ele
morre. Deixe-me explicar melhor.
Pedro nos diz em 2 Pe. 3:8 - “Mas vós,
amados, não ignoreis uma coisa: que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil
anos como um dia”. Se esta conta de Pedro estiver correta podemos até entender
que os dias da criação podem ser como o de seis mil anos para nós. Sendo assim,
Adão teria vivido menos de um dia de Deus, pois a sua idade alcançada na morte
foi de 930 anos, ou seja, menos de um mil, ou menos de um dia de Deus. Portanto, carne e sangue não podem herdar a
eternidade, pois ela está contaminada pelo pecado, assim entendemos por figura
que o sétimo dia do Senhor, o Shabbat de Deus é SANTO, pois não haverá a
existência de pecado na eternidade de Deus, que foi simbolizada pelo dia do
Senhor, ou o Shabbat de Deus!
Amados irmãos, guardar o Shabbat é uma
pregação do Evangelho, assim como “o batismo nas águas”, que fala de morte e
ressurreição, também fala do Evangelho, pois muito eles querem dizer a cerca da
vida eterna, mas o Shabbat é uma promessa (Hebreus 4:1)
e não um meio de salvação, o batismo é uma promessa e não outro meio de
salvação, pois sabemos que para entrarmos no Shabbat de Deus só por meio de
Jesus Cristo. É por isso que Jesus diz que Ele é maior que o Shabbat (Mt. 12:
1-8), pois Ele tornou-se o Shabbat para todo aquele que em NELE crer e confiar
que entrará no gozo de Deus e descansará eternamente com Seu Criador.
Somos salvos não pela obediência do
mandamento, mas guardamos o mandamento como uma demonstração daquilo que com FÉ
aguardamos: nossa ressurreição e a redenção do nosso corpo por meio de Jesus
Cristo. Portanto, aquele que guarda o Shabbat prega o Evangelho que diz: Há uma
eternidade, há um descanso para os homens, há um lugar ou tempo onde não haverá
o pecado, nem dor ou lágrimas. Mas guardar o sábado sem Evangelho de Salvação,
sem Jesus, é uma fé religiosa, sem vida e sem razão de existir. Creio que viver
o Evangelho de Jesus, amando o próximo como a mim mesmo é a maior demonstração
de que verdadeiramente amo a Deus e creio na Sua promessa de Vida eterna e
descanso eterno. Procuro fazer isso todos os dias. Procuro fazer com que o
Evangelho seja pregado todos os dias, não apenas no sábado, pois se o Shabbat
de Deus me diz que é dia Santo, dia “sem pecado”, eu tenho que ser Santo todos
os dias da semana, inclusive no sábado, pois pela fé em Cristo Jesus sou
santificado todos os dias como
também o serei na eternidade. Quando eu não amo o próximo, não perdôo a ofensa,
não acolho o necessitado, não dou pão ao faminto, não visto o nu, não visito o
enfermo, não vou ver o encarcerado, não adianta guardar o Shabbat de Deus que este se tornará para o
Senhor uma hipocrisia e demonstração de negação do Evangelho, portanto só resta
uma coisa a ser dita:
“A ninguém devais coisa alguma, senão
o amor recíproco; pois quem ama ao próximo tem cumprido a lei. Com efeito: Não
adulterarás; não matarás; não furtarás; não cobiçarás; e se há algum outro mandamento, TUDO nesta palavra se resume: Amarás
ao teu próximo como a ti mesmo. O amor não faz mal ao próximo. De modo que o
amor é o cumprimento da lei”. (Rom. 13:8-10)
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