“Quão formosos sobre
os montes são os pés do que anuncia as boas-novas, que proclama a paz, que
anuncia coisas boas, que proclama a salvação, que diz a Sião: O teu Deus
reina!” (Is. 52:7). Desde que Jesus nos instruiu para pregar o evangelho (Mc. 16:15) a toda a criatura é
que equivocadamente nós temos invertido ou não aplicado corretamente o que nos
foi ordenado. Sim, porque existe uma concepção religiosa e farisaica de que o
evangelho de Jesus seja anunciar os dez mandamentos ou qualquer regra ou princípio
de homens corrompidos de entendimento. (Col. 2:4-26).
Paulo devidamente
instruído por uma revelação a cerca desta instrução fez inúmeras acusações aos
que eram antes dele (apóstolos) porque os mesmos tentavam converter a outros
misturando o Evangelho com o judaísmo (regras e tradições). (Atos 7:32; Gl.
2:9-21).
Hoje, depois de
sermos libertos do pecado cometemos os mesmos equívocos acerca do que seja
anunciar as boas novas. Misturamos o Evangelho com crescimento da vida cristã e
pregamos Reino e não a Graça aos que carecem da Graça; e pregamos Graça aos que
deveriam ser instruídos a cerca do Reino.
“Porque: Todo aquele
que invocar o nome do Senhor será salvo. Como pois invocarão aquele em quem não
creram? e como crerão naquele de quem não ouviram falar? e como ouvirão, se não
há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? assim como está
escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam coisas boas! Mas nem todos deram
ouvidos ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem deu crédito à nossa
mensagem?” (Rm. 10:13-16).
Isto é o que Paulo
interpretou a cerca do Evangelho. Anunciar as boas novas, e boas novas é Jesus
na sua Graça. Lembram do ladrão na cruz? Da mulher adúltera? Da mulher pecadora
que lavou os pés de Jesus? Isto é a Graça, isto é o Evangelho!
O que estamos
tratando aqui é que não fomos chamados a santificar a vida de quem quer que
seja, nem dizermos aos que carecem da Graça (Jesus) o que seja bom ou o que
seja mau, seja falar de idolatria, vícios, pecados contra o corpo (adultério,
fornicações) e outras formas de insensatez espiritual. Santificar a vida de
pessoas está credenciado ao Espírito Santo e a Palavra de Deus. E isto deve ser
algo que deve partir do interesse daquele que ouviu e creu no Evangelho de
Cristo e não por imposição de alguém que acredita estar pregando a Graça.
Graça é o Evangelho.
Reino é o resultado da Graça. Não se prega o Reino (vida cristã) antes de se
pregar a Graça (Evangelho, boas novas). Não é uma questão de interpretação é
uma questão de obediência porque assim Jesus estabeleceu. Vejo em várias
pessoas o efeito desastroso deste equívoco. Foram abordadas com um judaísmo
disfarçado de Evangelho e agora estão presas a mesma escravidão dos judeus.
Leia:
“Digo isto, para que
ninguém vos engane com palavras persuasivas. Porque ainda que eu esteja ausente
quanto ao corpo, contudo em espírito estou convosco, regozijando-me, e vendo a
vossa ordem e a firmeza da vossa fé em Cristo. Portanto, assim como recebestes
a Cristo Jesus, o Senhor, assim também nele andai, arraigados e edificados
nele, e confirmados na fé, assim como fostes ensinados, abundando em ação de
graças. Tendo cuidado para que ninguém
vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a
tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo;
porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade, e tendes a vossa plenitude nele, que é a
cabeça de todo principado e potestade, no qual também fostes circuncidados com
a circuncisão não feita por mãos no despojar do corpo da carne, a saber, a
circuncisão de Cristo; tendo sido sepultados com ele no batismo, no qual também
fostes ressuscitados pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre os
mortos; e a vós, quando estáveis mortos nos vossos delitos e na incircuncisão
da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-nos todos os
delitos; e havendo riscado o escrito de dívida que havia contra nós nas suas
ordenanças, o qual nos era contrário, removeu-o do meio de nós, cravando-o na
cruz; e, tendo despojado os principados e potestades, os exibiu publicamente e
deles triunfou na mesma cruz. Ninguém,
pois, vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa de dias de
festa, ou de lua nova, ou de sábados, que são sombras das coisas vindouras; mas
o corpo é de Cristo. Ninguém atue como árbitro contra vós, afetando humildade
ou culto aos anjos, firmando-se em coisas que tenha visto, inchado vãmente pelo
seu entendimento carnal, e não retendo a Cabeça, da qual todo o corpo, provido
e organizado pelas juntas e ligaduras, vai crescendo com o aumento concedido
por Deus. Se morrestes com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos
sujeitais ainda a ordenanças, como
se vivêsseis no mundo, tais como: não toques, não proves, não manuseies
(as quais coisas todas hão de perecer pelo uso), segundo os preceitos e doutrinas dos homens? As
quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria em culto voluntário,
humildade fingida, e severidade para com o corpo, mas não têm valor algum no
combate contra a satisfação da carne. (Col. 2:4-26).
Paulo instrui aos colossenses
a cerca do verdadeiro Evangelho, pois ele mesmo diz: “Portanto, assim como
recebestes a Cristo Jesus, o Senhor, assim também nele andai...”, a Graça vem
antes do Reino. Primeiro o incrédulo deve crer em Jesus, compreender o
sacrifício expiatório, identificar a Cruz e seu significado e chegar a uma só
convicção: Sou pecador e careço da Graça de Cristo! Enquanto isto não ocorrer
nunca poderemos dar o próximo passo; ou seja, ensinar ao novo convertido como
andar em Cristo (Reino), dizer a ele o que seja bom ou ruim, dizer a ele o que
são os pecados relacionados nas cartas dos Apóstolos, pois estas foram escritas
para a igreja de Cristo e não para não-convertidos. Aliás, a Bíblia inteira é
para os que são de Cristo, e somente estes é que buscam o conhecimento dela
como se isto dependesse toda a sua vida!
Não confunda quando
Jesus falava a cerca do Reino com os Judeus, afinal, estes conheciam a Deus e
sua Lei e estavam praticando transgressões contra esta Lei. Por inúmeras vezes
Jesus os repreende e os acusa chamando-os de hipócritas. A estes sim devemos
falar do Reino, às igrejas hipócritas devemos falar do Reino, mas aquele que
ainda não recebeu a Graça devemos lhe ensinar a cerca das boas novas. (Jo.
9:39-41).
Quero dizer aos
amados, que Jesus não veio para condenar o mundo, mas para salvá-lo:
“E, se alguém ouvir
as minhas palavras, e não as guardar, eu não o julgo; pois eu vim, não para
julgar o mundo, mas para salvar o mundo”. (Jo. 12:47). “Mas, se vós soubésseis
o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifícios, não condenaríeis os
inocentes”. (Mt. 12:7).
“Portanto, és
inescusável, ó homem, qualquer que sejas, quando julgas, porque te condenas a
ti mesmo naquilo em que julgas a outro; pois tu que julgas, praticas o mesmo.
bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade, contra os que tais coisas
praticam. E tu, ó homem, que julgas os que praticam tais coisas, cuidas que,
fazendo-as tu, escaparás ao juízo de Deus?” (Rm 2:1-3).
“Irmãos, não faleis
mal uns dos outros. Quem fala mal de um irmão, e julga a seu irmão, fala mal da
lei, e julga a lei; ora, se julgas a lei, não és observador da lei, mas juiz.
Há um só legislador e juiz, aquele que pode salvar e destruir; tu, porém, quem
és, que julgas ao próximo?” (Tiago 4:11-12).
Falar da Graça é
falar sobre a expiação de pecados, é falar sobre reconciliação com Deus, é
falar sobre pagamento de dívidas que nos eram contrárias. Falar do Reino de
Deus é falar do governo do Espírito Santo em nós. Falar do Reino de Deus é
falar sobre quem nos domina, se é a carne ou se é o Espírito. Portanto Graça é
o que Jesus fez, enquanto Reino é o que nós fazemos com a Graça. Portanto, só
se prega o Reino para os que são do Reino! Pense nisto!
Nenhum comentário:
Postar um comentário