terça-feira, 3 de setembro de 2013

CRENTE OU CRISTÃO

Tenho um amigo e irmão em Cristo que costuma dizer, ora em tom de brincadeira, ora em tom de seriedade: “Cristãos são uma benção, mas os crentes...!” Certo dia esta colocação me fez pensar. Seria possível identificar diferenças marcantes entre semelhanças tão grandes? Comecei então a raciocinar pela definição das palavras: Crente – aquele que crê; Cristão – aquele que se parece com Cristo.
A bíblia em Tiago 2:19 diz: “Tu crês que há um só Deus? Fazes bem, também os demônios o crêem e estremecem”. No entanto, e é obvio, eles nada tem de cristãos, mas, em se falando de nós, membros da igreja cristã, como identificamos as diferenças entre os que são apenas crentes e os que além de crentes são sobre tudo cristãos? Vamos tentar estabelecer alguns comparativos mas sem conseguir esgota-los.
O crente costuma dizer de si mesmo: “eu tenho uma fé grande em Deus!”
O cristão não se preocupa com o tamanho da sua fé; não importa se ela é menor que um grão de mostarda, o melhor é crer num grande Deus. (Lc. 17:6)
O crente é aquele que depende da sua fé, sua oração, seus esforços para alcançar as vitórias. O cristão recolhe as palavras de Jesus “...sem mim nada podeis fazer” (Jo. 15:5b), ou seja, ele entende que é preciso crer, orar e se esforçar, mas a vitória sempre virá da operação de Deus.
O crente, normalmente, pensa que a sua comunhão com Deus lhe permite falar mal do pastor, fomentando contendas no seio da igreja, porque ele, o crente, é alguém de oração e pode falar o que quiser, pois Deus o aprova. O cristão é alguém que clama por sabedoria: “...põe guarda à minha boca (Sl. 141:3)... que as palavras da minha boca e a meditação do meu coração sejam agradáveis diante Ti” (Sl. 19:14).
O crente acredita que pode exigir de Deus as bênçãos. O cristão entende que: “...aquele que pede recebe, o busca encontra, o que bate a porta lhe será aberta”. (Mt. 7:7-8).
 O crente dá dizimo porque deseja maior abastança. O cristão o faz porque se alegra em suprir de mantimento a casa do Senhor.
O crente quer que Deus faça seus projetos darem certo. O cristão consulta primeiro a Deus para saber se está nos planos d’Ele o querer e o efetuar (Fl. 2:13).
O crente confia em seus argumentos. O cristão pede a Deus que lhe conceda as palavras no abrir a sua boca.
O crente acredita que nos trabalhos feitos na igreja encobrem ou justificam suas atitudes nada éticas, imorais ou de ausência de caráter. O cristão quer ser “luz do mundo e sal da terra” (Mt. 5:13-14).
O crente, diante dos sofrimentos, procura saber onde está o erro, porque como tal não consegue admitir a possibilidade de passar por determinadas lutas. O cristão crê que ”...todas as coisas cooperam para o bem daqueles amam a Deus...” (Rm. 8:28) e ...”em tudo são gratos porque o Senhor garantiu estar com os seus, todos os dias até a consumação dos séculos...” (Mt.28:19-20) e “...em todas as coisas somos mais que vencedores por meio daquele que nos amou...” (Rm. 8:37-39).

Se você quer viver como um crente saiba o que  Jesus disse a este respeito: ”Propôs-lhes outra parábola, dizendo: O reino dos céus é semelhante ao homem que semeou boa semente no seu campo; mas, enquanto os homens dormiam, veio o inimigo dele, semeou joio no meio do trigo, e retirou-se. Quando, porém, a erva cresceu e começou a espigar, então apareceu também o joio. Chegaram, pois, os servos do proprietário, e disseram-lhe: Senhor, não semeaste no teu campo boa semente? Donde, pois, vem o joio? Respondeu-lhes: Algum inimigo é quem fez isso. E os servos lhe disseram: Queres, pois, que vamos arrancá-lo? Ele, porém, disse: Não; para que, ao colher o joio, não arranqueis com ele também o trigo. Deixai crescer ambos juntos até a ceifa; e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: Ajuntai primeiro o joio, e atai-o em molhos para o queimar; o trigo, porém, recolhei-o no meu celeiro... Então Jesus, deixando as multidões, entrou em casa. E chegaram-se a ele os seus discípulos, dizendo: Explica-nos a parábola do joio do campo. E ele, respondendo, disse: O que semeia a boa semente é o Filho do homem; o campo é o mundo; a boa semente são os filhos do reino; o joio são os filhos do maligno; o inimigo que o semeou é o Diabo; a ceifa é o fim do mundo, e os celeiros são os anjos. Pois assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim será no fim do mundo. Mandará o Filho do homem os seus anjos, e eles ajuntarão do seu reino todos os que servem de tropeço, e os que praticam a iniquidade, e lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá choro e ranger de dentes. Então os justos resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai. Quem tem ouvidos, ouça”.

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