terça-feira, 3 de setembro de 2013

DÍZIMO NÃO É O TEU DINHEIRO

O lugar onde Deus escolhe para ali colocar o seu NOME, o seu caráter de Justiça (Jeová-Tesknu) é chamado de a Casa de Deus. No Éden esta casa, ou lugar de justiça, é representado por um sacrifício expiatório de um animal para vestir Adão e Eva a fim de resgatá-los da morte eterna (Gen 3:21). Naquele momento, Deus escolhe o lugar onde a Justiça sobre o pecado seria executada. A morte de animais em sacrifício expiatório é a mais antiga referência sobre o assunto a cerca da Casa do Tesouro. Após o Éden vemos Caim e Abel escolhendo lugar para atender a oferta de sacrifício para expiação de pecado e reconciliação com Deus e tiramos um ensino tremendo, que se não discernirmos o lugar, ou local  que Deus escolheu para ali colocar o seu Nome Ele não aceita como sacrifício expiatório, pois não representa, não figura o lugar que Ele escolheu para ali colocar o Seu NOME!
Portanto, a casa que Deus escolhe para ali colocar o Seu Nome é a representação do Corpo, do sacrifício e da oferta expiatória de Jesus Cristo, pois este NOME carrega os elementos que agradaram a Deus para remissão de pecados conforme Isaías 53 e Filipenses 2: 5-11. Os elementos são:
A Misericórdia. Está na pessoa do Pai quando é reclamado o pedido de remissão do pecado. A Justiça e o Juízo estão na pessoa do Filho representado pelo animal do sacrifício, sendo a Justiça o sangue do animal, que é a sua vida e o Juízo a morte dele. A do ofertante para crer que naquele sacrifício, e somente por meio dele, seu pecado estaria expiado, dando assim ao ofertante uma renovação de Paz e de reconciliação com Deus. (Mateus. 23:23).
Se esta obra de sacrifício fosse realizada sem carregar estes elementos ela seria uma  obra morta e Deus não a receberia como oferta pelo pecado. Obra sem fé é morta assim como a fé sem obras também é morta.
“São estes os estatutos e os preceitos que tereis cuidado em observar na terra que o Senhor Deus de vossos pais vos deu para a possuirdes por todos os dias que viverdes sobre a terra... Então haverá um lugar que o Senhor vosso Deus escolherá para ali fazer habitar o seu nome; a esse lugar trareis tudo o que eu vos ordeno: os vossos holocaustos e sacrifícios, os vossos dízimos, a oferta alçada da vossa mão, e tudo o que de melhor oferecerdes ao Senhor em cumprimento dos votos que fizerdes. E vos alegrareis perante o Senhor vosso Deus, vós, vossos filhos e vossas filhas, vossos servos e vossas servas, bem como o levita que está dentro das vossas portas, pois convosco não tem parte nem herança. Guarda-te de ofereceres os teus holocaustos em qualquer lugar que vires; mas no lugar que o Senhor escolher numa das tuas tribos, ali oferecerás os teus holocaustos, e ali farás tudo o que eu te ordeno”. (Deut. 12:1;11-14)
A primeira vez na Bíblia que vemos alguém trazendo manutenção à Casa do Tesouro (Cristo) diz respeito ao pagamento do dízimo de Abraão ao sumo sacerdote Melquizedeque (Gên. 14:20). Pagar tributos aos reis ou suseranos daquela época já era uma prática comum (Gen. 14:4). Neste caso, Abraão considerou que Melquizedeque era a Casa do Tesouro. Melquizedeque era um REI, e também um SACERDOTE, ele é a prefigura, ou ainda, uma teofania de Cristo.
“Porque todo sumo sacerdote tomado dentre os homens é constituído a favor dos homens nas coisas concernentes a Deus, para que ofereça dons e sacrifícios pelos pecados, podendo ele compadecer-se devidamente dos ignorantes e errados, porquanto também ele mesmo está rodeado de fraqueza. E por esta razão deve ele, tanto pelo povo como também por si mesmo, oferecer sacrifício pelos pecados. Ora, ninguém toma para si esta honra, senão quando é chamado por Deus, como o foi Arão. Assim também Cristo não se glorificou a si mesmo, para se fazer sumo sacerdote, mas o glorificou aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, hoje te gerei; como também em outro lugar diz: Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque”. (Heb. 5:1-6)
 
Fica subtendido que Abraão paga dízimos para Cristo (Hb. 7:1-28). Fica claro também pelo texto de Gênises (Cap. 14) que o propósito daquele pagamento a Deus feito por Abraão, fora pelo resgate do cativeiro do seu sobrinho Ló. Melquizedeque deixa claro, que como Sacerdote ele já tinha em mãos o preço pago pelo resgate de Ló, quando entregou a Abraão Pão e Vinho (vs. 18), que simbolizam o Corpo e o Sangue de Cristo, dando a entender que o sacrifício expiatório pelo resgate de Ló já havia sido feito antes que Abraão lhe entregasse o dízimo.
Ainda em Gên. 28:10-22 vemos Jacó, após ter tido uma visão da escada  que leva a porta que dá acesso ao Céu, chamou aquele “lugar” de a Casa de Deus (vs 17) edificou ali um altar e disse: “então esta pedra que tenho posto como coluna será a Casa de Deus; e de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo” (vs.22). Também podemos dizer que a “Casa do tesouro” poderia ser chamada a “Casa de Deus”. Jacó cumpre o seu voto em Gen. 32:13-15; 33:10-11 onde vemos que Esaú recebe o presente (oferta) de Jacó, como se Esaú fosse Deus! Este foi o cumprimento do voto que ele fez a Deus em Betel (... se Deus me der pão (comida), vestuário e paz -comunhão- na casa de meu pai...) (Gen. 28:20-21).
Antes da travessia do Rio Jordão, os israelitas foram instruídos pelo Senhor a pagar todos os dízimos a Ele (Lev. 27:30, 32) a fim de que não faltasse o mantimento na Casa do Tesouro para os sacrifícios diários que seriam oferecidos pela remissão dos pecados (Números 28), pagando assim o preço pelo resgate das almas pecadoras. Deus daria aos filhos de Levi “todos os dízimos em Israel por herança, pelo serviço que prestariam, serviço da tenda da congregação”.(Núm. 18:21).
Após a conquista de Canaã, dado o fato de que os levitas não receberam “herança quando a terra foi dividida entre as tribos, nem possuíam” “renda própria” (Núm. 18:20), passaram a morar em áreas dispersas, distribuídos em 48 cidades especialmente designadas para eles. (Núm. 35:6).
Logo após a travessia do Jordão, os Israelitas armaram o tabernáculo em Gilgal, e mais tarde em Siquém, Siló, Nobe e Gibeom. Todos os homens israelitas eram convocados a se reunir em um desses lugares para adorar pelo menos três vezes em festas anuais (Êxo. 23: 17) e eram instruídos a trazer ofertas consigo, pois ninguém deveria se apresentar de mãos vazias perante o Senhor (v. 15). Os sacrifícios poderiam ser oferecidos somente nos locais designados por Deus (Deut. 12:11).
“Quando os filisteus ouviram que os filhos de Israel estavam congregados em Mizpá, subiram os chefes dos filisteus contra Israel. Ao saberem disto os filhos de Israel, temeram por causa dos filisteus. Pelo que disseram a Samuel: Não cesses de clamar ao Senhor nosso Deus por nós, para que nos livre da mão dos filisteus. Então tomou Samuel um cordeiro de mama, e o ofereceu inteiro em holocausto ao Senhor; e Samuel clamou ao Senhor por Israel, e o Senhor o atendeu. Enquanto Samuel oferecia o holocausto, os filisteus chegaram para pelejar contra Israel; mas o Senhor trovejou naquele dia com grande estrondo sobre os filisteus, e os aterrou; de modo que foram derrotados diante dos filhos de Israel” (1 Sm. 7:7-10).
A oferta de sacrifício é oferecida antes da batalha.
Os que querem hoje considerar a igreja local como “a Casa do tesouro”, fundamentam sobre o texto de  Deuteronômio 14:22-29:
 “Certamente darás os dízimos de todo o produto da tua semente que cada ano se recolher do campo. E, perante o Senhor teu Deus, no lugar que escolher para ali fazer habitar o seu nome, comerás os dízimos do teu grão, do teu mosto e do teu azeite, e os primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas; para que aprendas a temer ao Senhor teu Deus por todos os dias. Mas se o caminho te for tão comprido que não possas levar os dízimos, por estar longe de ti o lugar que Senhor teu Deus escolher para ali por o seu nome, quando o Senhor teu Deus te tiver abençoado; então, vende-os, ata o dinheiro na tua mão e vai ao lugar que o Senhor teu Deus escolher. E aquele dinheiro darás por tudo o que desejares, por bois, por ovelhas, por vinho, por bebida forte, e por tudo o que te pedir a tua alma; comerás ali perante o Senhor teu Deus, e te regozijarás, tu e a tua casa. Mas não desampararás o levita que está dentro das tuas portas, pois não tem parte nem herança contigo. Ao fim de cada terceiro ano, levarás todos os dízimos da tua colheita do mesmo ano, e os depositarás dentro das tuas portas. Então virá o levita (pois nem parte nem herança têm contigo), o peregrino, o órfão, e a viúva, que estão dentro das tuas portas, e comerão, e fartar-se-ão; para que o Senhor teu Deus te abençoe em toda obra que as tuas mãos fizerem.
De conformidade com este texto está também o texto de Números 18.20-32:
 
“Disse também o Senhor a Arão: Na sua terra herança nenhuma terás, e no meio deles nenhuma porção terás; eu sou a tua porção e a tua herança entre os filhos de Israel. Eis que aos filhos de Levi tenho dado todos os dízimos em Israel por herança, pelo serviço que prestam, o serviço da tenda da revelação. Ora, nunca mais os filhos de Israel se chegarão à tenda da revelação, para que não levem sobre si o pecado e morram. Mas os levitas farão o serviço da tenda da revelação, e eles levarão sobre si a sua iniqüidade; pelas vossas gerações estatuto perpétuo será; e no meio dos filhos de Israel nenhuma herança terão. Porque os dízimos que os filhos de Israel oferecerem ao Senhor em oferta alçada, eu os tenho dado por herança aos levitas; porquanto eu lhes disse que nenhuma herança teriam entre os filhos de Israel. Disse mais o Senhor a Moisés: Também falarás aos levitas, e lhes dirás: Quando dos filhos de Israel receberdes os dízimos, que deles vos tenho dado por herança, então desses dízimos fareis ao Senhor uma oferta alçada, o dízimo dos dízimos. E computar-se-á a vossa oferta alçada, como o grão da eira, e como a plenitude do lagar. Assim fareis ao Senhor uma oferta alçada de todos os vossos dízimos, que receberdes dos filhos de Israel; e desses dízimos dareis a oferta alçada do Senhor a Arão, o sacerdote. De todas as dádivas que vos forem feitas, oferecereis, do melhor delas, toda a oferta alçada do Senhor, a sua santa parte. Portanto lhes dirás: Quando fizerdes oferta alçada do melhor dos dízimos, será ela computada aos levitas, como a novidade da eira e como a novidade do lagar. E o comereis em qualquer lugar, vós e as vossas famílias; porque é a vossa recompensa pelo vosso serviço na tenda da revelação. Pelo que não levareis sobre vós pecado, se tiverdes alçado o que deles há de melhor; e não profanareis as coisas sagradas dos filhos de Israel, para que não morrais.” O povo não podia comer em qualquer lugar mas os levitas podiam, pois estavam disponíveis para eles nas portas da casa do povo! (Deut. 12: 17-19).
“Como novidade da eira e a novidade do lagar” simbologia do trigo = pão e da vide = vinho, lugares onde se debulhava o trigo e se amassavam as uvas (o “esmagava” de Isaías 53:10), sendo cumprido no Evangelho quando Jesus disse: "E, comendo eles, tomou Jesus pão, e, abençoando-o, o partiu e deu-lho, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo. E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho; e todos beberam dele. E disse-lhes: Isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento, que por muitos é derramado. Em verdade vos digo que não beberei mais do fruto da vide, até aquele dia em que o beber novo no reino de Deus" (Mc. 14:22-25). “Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha" (1 Cor. 11:26)
Analisando os textos começamos a perceber alguns fatos interessantes. Primeiro em Deuteronômio revela que:
1. numa festa inicial, todos os israelitas comiam uma parte dos dízimos, o que nos leva a entender que o propósito dos dízimos era de ofertar sacrifícios expiatórios para remissão de pecados a fim de se obter a comunhão por meio da reconciliação com Deus;
2. a cada três anos os dízimos eram recolhidos nas cidades e armazenados para distribuição aos levitas e aos menos favorecidos: estrangeiros, órfãos e viúvas, o que nos fala de suprir as necessidades dos menos favorecidos (Atos 2.42-45);
3. que à Casa do tesouro não se levava dinheiro, visto que não se podia comer dinheiro nem sacrificar dinheiro nem ter comunhão com dinheiro! Portanto, no Velho Testamento, a prática do dízimo nada tem haver com dinheiro e sim com o mantimento da Casa do Tesouro, lugar onde Deus escolheu para ali colocar o Seu NOME e receber os sacrifícios expiatórios para remissão dos pecados (João  2:13-21).
4. e que tudo isso pré-figura a oferta de sacrifício pela remissão dos pecados reconciliando Deus com os homens por meio de Jesus Cristo.
No texto de Números complementa que os levitas deveriam dar seus dízimos ao Sumo Sacerdote Arão.
 
2. Período da monarquia
 
Nos primeiros anos do seu reinado, Davi trouxe a arca sagrada para Jerusalém (II Sam. 6) e, posteriormente, seu filho Salomão construiu um belo templo que se tornou um local permanente como Casa do Tesouro para a recepção de dízimos e ofertas (I Reis 6). Com o passar do tempo, a prática de pagar dízimos e fazer as ofertas às 48 cidades designadas aos levitas foi interrompida. Parece que todos os israelitas passaram a pagar os dízimos e fazer as ofertas diretamente à tesouraria do templo (Jerusalém).
Observe agora a prática em voga durante o reinado de Ezequias:
“Além disso, ordenou ao povo, moradores de Jerusalém, que contribuísse com sua parte devida aos sacerdotes e levitas para que pudessem dedicar-se à lei do Senhor. Logo que se divulgou essa ordem, os filhos de Israel trouxeram em abundância as primícias do cereal, do vinho, do azeite, do mel, e de todo produto do campo; também os dízimos de tudo trouxeram em abundância. Os filhos de Israel e Judá que habitavam nas cidades de Judá, também trouxeram dízimos das vacas e das ovelhas, e dízimos das cousas que foram consagradas ao Senhor seu Deus; e fizeram montões e montões. No terceiro mês começaram a fazer os primeiros montões; e no sétimo mês acabaram. Vindo, pois Ezequias e os príncipes, e vendo aqueles montões, bendisseram ao Senhor e ao seu povo Israel. Perguntou Ezequias aos sacerdotes e aos levitas acerta daqueles montões. Então, o sumo sacerdote Azarias, da casa de Zadoque, lhe respondeu: desde que se começou a trazer à casa do Senhor estas ofertas, temos comido e nos temos fartado delas, e ainda há sobra em abundância; porque o Senhor abençoou ao seu povo, e esta grande quantidade é o que sobra. Então ordenou Ezequias que se preparassem depósitos na casa do Senhor. Uma vez preparados, recolheram neles fielmente as ofertas, os dízimos e as cousas consagradas”. (II Crô. 31:4-12)
 
3. Cativeiro pós-babilônico
 
Após o cativeiro babilônico, sob a liderança reformatória de Neemias, o sistema de remessa e devolução dos dízimos foi restaurado conforme a prática no passado.
“O sacerdote, filho de Arão, estaria com os levitas quando estes recebessem os dízimos e os levitas trariam os dízimos dos dízimos à casa do nosso Deus, às câmaras da casa do tesouro. Porque àquelas câmaras os filhos de Israel e os filhos de Levi devem trazer ofertas do cereal, do vinho e do azeite”. (Ne. 10.38,39).
“Ainda no mesmo dia se nomearam homens para as câmaras dos tesouros, das ofertas, das primícias e dos dízimos para ajuntarem nelas, das cidades, as porções designadas pela lei para os sacerdotes e para os levitas; pois Judá estava alegre, porque os sacerdotes e os levitas ministravam ali”. (Ne. 12.44). Ministrar aqui não é o que se vê hoje, mas um culto de adoração por meio de sacrifícios expiatórios e a queima das partes sacrificados que subiam como cheiro suave às narinas do Deus de Israel a fim de que Deus olhasse para o povo e não visse o seu pecado. (Is. 59:1-2). A cerca destas figuras (trigo, vinho e azeite) encontramos a promessa de Deus (Cristo) em Joel 2:18-19 para o fim do cerimonial.
Mais tarde, entre as duas gestões de Neemias como governador, as pessoas caíram em apostasia e pararam de pagar o dízimo; por isso, Neemias protestou, contra o povo e os líderes de Israel por negligenciarem o mantimento devido à Casa de Deus (Ne. 13:11). Eles se arrependeram e restauraram o sistema do dízimo (verso 12). Foi durante esse tempo que Deus, através do profeta Malaquias, convocou Seu povo para uma reforma tanto no estilo de vida individual como corporativo.
“Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas”. (Mal. 3:8).
Naquele momento, sob condições diferentes, era mais oportuno pagar os dízimos e trazer as ofertas diretamente ao Templo em Jerusalém, pois havia a necessidade de finalizar a reconstrução dos muros do Templo em Jerusalém.
Então, segue-se a ordem de Deus e a promessa:
“Trazei todos os dízimos à Casa do tesouro, para que haja mantimento na minha Casa, e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós bênção sem medida” (v.10). Benção esta que falava do perdão de Deus obtido pelo pagamento das ofertas para a dedicação dos Levitas no que tangia os sacrifícios expiatórios. (Ver. 1 Sm. 7: 7-10). Os dízimos e as ofertas representavam o pagamento pela remissão dos pecados.
Observe as palavras “Casa do tesouro” e “minha Casa”, ambas referem-se ao mesmo lugar. Onde era então a Casa do tesouro? Obviamente no Templo de Jerusalém. A estocada das palavras de Malaquias e a compreensão do povo a respeito delas era clara. Ambas compreendiam a palavra “Casa do tesouro” como uma referência ao santuário: o Templo em Jerusalém. Pode haver alguma validade no argumento de que a remessa local dos dízimos aos levitas ocorria em pequenas vilas e cidades em determinadas épocas no passado; contudo, no tempo de Neemias e Malaquias, compreendia-se inequivocamente que o texto de Malaquias referia-se ao Templo em Jerusalém como a casa do tesouro.
 
4. A prática do Novo Testamento
 
Apenas 11 passagens no Novo Testamento referem-se ao dízimo e nenhuma delas contém alguma informação clara sobre “a Casa do tesouro”. Assim, não temos referências suficientes para afirmar, de que maneira os judeus e gentios convertidos ao Evangelho desse período praticavam o princípio da manutenção da “Casa do tesouro”. O Que se vê é que o Santuário de Deus, o lugar que Ele escolheu para ali fazer habitar o Seu NOME finalmente encontrou o seu lugar verdadeiro e não figurado: NA MORTE DE JESUS NA CRUZ, e que cada pessoa, pela fé em Jesus, tornava-se um santuário escolhido por Deus para ali colocar o Seu NOME. (Rom 12:1; Ef. 3: 14-19).
“Mas aquele cuja genealogia não é contada entre eles, tomou dízimos de Abraão, e abençoou ao que tinha as promessas. Ora, sem contradição alguma, o menor (Abraão) é abençoado pelo maior (Melquizedeque). E aqui certamente recebem dízimos homens que morrem; ali, porém, os recebe aquele de quem se testifica que vive. E, por assim dizer, por meio de Abraão, até Levi, que recebe dízimos, pagou dízimos,  porquanto ele estava ainda nos lombos de seu pai quando Melquizedeque saiu ao encontro deste. De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio levítico (pois sob este o povo recebeu a lei), que necessidade havia ainda de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquizedeque, e que não fosse contado segundo a ordem de Arão? Pois, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei”.
Nesse ponto Jesus disse aos judeus:
“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e tendes omitido o que há de mais importante na lei, a saber, a justiça, a misericórdia e a fé; estas coisas, porém, devíeis fazer, sem omitir aquelas”. (Mat. 23:23).
Que eles davam o dízimo das mínimas coisas, porém não o carregavam com os elementos significativos que aquela oferta simbolizava. Jesus também preocupava os Líderes do Templo, pois não subia para prestar sacrifícios conforme o cerimonial da Lei de Moisés, visto que em não transgredindo a Lei não se faz ofertas de sacrifícios por não haverem pecados para serem expiados (1 Sm. 15:22; João 11: 47-57)!
Jesus afirmou que não veio para revogar a Lei, mas para cumpri-la. No Éden havia uma só Lei e Adão não a cumpriu. Jesus nasceu debaixo da Lei de Moisés, com mais de 600 mandamentos, preceitos, estatutos e ordenanças e as cumpriu sem nenhuma transgressão, onde não há transgressão não há pecados, e onde não há pecados não há sacrifícios pelo pecado, onde não há sacrifícios a serem feitos não há ofertas a serem trazidas. Então Jesus disse aos fariseus que eles se preocupavam com as ofertas e não com a obediência à Lei, pois disse Deus:
“Samuel, porém, disse: Tem, porventura, o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à voz do Senhor? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, do que a gordura de carneiros”. (1 Sam. 15:22). “Furtareis vós, e matareis, e cometereis adultério, e jurareis falsamente, e queimareis incenso a Baal, e andareis após outros deuses que não conhecestes, e então vireis, e vos apresentareis diante de mim nesta casa, que se chama pelo meu nome, e direis: Somos livres para praticardes ainda todas essas abominações? Tornou-se, pois, esta casa, que se chama pelo meu nome, uma caverna de salteadores aos vossos olhos? Eis que eu, eu mesmo, vi isso, diz o Senhor. Mas ide agora ao meu lugar, que estava em Siló, onde, ao princípio, fiz habitar o meu nome, e vede o que lhe fiz, por causa da maldade do meu povo Israel...”Assim diz o Senhor dos exércitos, o Deus de Israel: Ajuntai os vossos holocaustos aos vossos sacrifícios, e comei a carne. Pois não falei a vossos pais no dia em que os tirei da terra do Egito, nem lhes ordenei coisa alguma acerca de holocaustos ou sacrifícios. Mas isto lhes ordenei: Dai ouvidos à minha voz, e eu serei o vosso Deus, e vós sereis o meu povo; andai em todo o caminho que eu vos mandar, para que vos vá bem”. (Jeremias 7: 9-12; 21-23).
 
O Evangelho nos afirma, de fato, que Paulo coletava fundos de algumas congregações para auxiliar os crentes pobres em Jerusalém (mantimento) que passavam fome (II Cor. 8:19). Afora alguns poucos exemplos sobre ofertas, não há informações sobre a coleta do dízimo, e desse modo, o que nos resta é confiar no Antigo Testamento para compreender o significado de “Casa do tesouro” e sua utilização.
 
 
5. Uso denominacional
 
Sugerir que a igreja local se torne a Casa do Tesouro por citar versículos bíblicos é possível, mas a que preço?
Há muito venho meditando a respeito do assunto, pois se ouve muito sobre a benção que é trazer dízimos e ofertas alçadas à “Casa do tesouro”, mas não encontrei nenhum respaldo bíblico para dizer que ela seja o Templo denominacional de hoje. Ao contrário, desde que a Igreja nasceu, no momento em que o nosso Senhor Jesus foi morto no calvário, o que se aprende pelos Evangelhos é que não há mais templos feitos por mãos humanas, mas que os remidos do Senhor tornam-se o Templo, Santuário do Deus vivo na terra (1Cor. 3.16; 6:19; 1 Cor. 6:16; Ef. 2:22; Hb. 3:6).
Fica muito claro nos textos do Velho Testamento que a Lei sobre dízimos e ofertas fora instituída por dois motivos:
1. Para manutenção das ofertas de sacrifícios, oblações e holocaustos de manhã e a tarde no templo (Números 28) e;
2. Para salvaguardar o sustento de alimento daqueles que ministravam no templo e daqueles que eram os necessitados, visto que os sacerdotes levitas estavam encarregados das ministrações exigidas pela Lei e excluídos de herança na terra prometida!
Se formos levar em conta todos estes detalhes a respeito de dízimos e ofertas alçadas regulamentados pela LEI de Moisés, certamente deveríamos fazê-lo de conformidade com a LEI. Muitos líderes de hoje teriam que rever suas condições sociais e deixar muitas propriedades e bens em favor da obediência a Palavra de Deus. Mas longe disto falarmos do que verdadeiramente envolve a função dos dízimos e ofertas nas Igrejas em geral, seríamos no mínimo nomeados  herege ou falso profeta!
Mas o que me consola é ver na Igreja primitiva os Apóstolos recebendo todas as ofertas aos seus pés e distribuindo-as segundo a necessidade de cada um (mantimento) (Atos 2. 45-47); e ver também que os líderes da Igreja primitiva não possuíam nenhuma condição financeira confortável:
“Pedro e João subiam ao templo à hora da oração, a nona. E, era carregado um homem, coxo de nascença, o qual todos os dias punham à porta do templo, chamada Formosa, para pedir esmolas aos que entravam. Ora, vendo ele a Pedro e João, que iam entrando no templo, pediu que lhe dessem uma esmola. E Pedro, com João, fitando os olhos nele, disse: Olha para nós. E ele os olhava atentamente, esperando receber deles alguma coisa. Disse-lhe Pedro: Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho, isso te dou; em nome de Jesus Cristo, o nazareno, anda”. Eles não carregavam nem um níquel sequer em suas bolsas!
“e indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos céus. Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai. Não vos provereis de ouro, nem de prata, nem de cobre, em vossos cintos; nem de alforje para o caminho, nem de duas túnicas, nem de alparcas, nem de bordão; porque digno é o trabalhador do seu alimento”.
Verdadeiramente hoje não há mais poder de Deus nas mãos de muitos líderes, mas em suas vidas materiais, pescoços e pulsos muita prata e ouro! Muitas riquezas cercando suas vidas com grandes propriedades e bens. Qualquer que seja o bem material é grande em se comparando com aqueles que nada tem sequer para comer, beber ou vestir!
 
Mas vamos mais afundo um pouco. Diz na Palavra em Hebreus 10.1-14:
 
“Porque a lei, tendo a sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas, não pode nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem de ano em ano, aperfeiçoar os que se chegam a Deus. Doutra maneira, não teriam deixado de ser oferecidos? Pois tendo sido uma vez purificados os que prestavam o culto, nunca mais teriam consciência de pecado. Mas nesses sacrifícios cada ano se faz recordação dos pecados, porque é impossível que o sangue de touros e de bodes tire pecados. Pelo que, entrando no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste, mas um corpo me preparaste; não te deleitaste em holocaustos e oblações pelo pecado. Então eu disse: Eis-me aqui (no rol do livro está escrito de mim) para fazer, ó Deus, a tua vontade. Tendo dito acima: Sacrifício e ofertas e holocaustos e oblações pelo pecado não quiseste, nem neles te deleitaste (os quais se oferecem segundo a lei); agora disse: Eis-me aqui para fazer a tua vontade. Ele tira o primeiro, para estabelecer o segundo.  É nessa vontade dele que temos sido santificados pela oferta do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez para sempre. Ora, todo sacerdote se apresenta dia após dia, ministrando e oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca podem tirar pecados; mas este, havendo oferecido um único sacrifício pelos pecados, assentou-se para sempre à direita de Deus, daí por diante esperando, até que os seus inimigos sejam postos por escabelo de seus pés. Pois com uma só oferta tem aperfeiçoado para sempre os que estão sendo santificados”.
Fica claro pelo texto acima que de uma vez por todas foram excluídas as ofertas de sacrifícios, oblações e holocaustos para todo o sempre, portanto o primeiro propósito dos dízimos e ofertas alçadas, segundo a Lei, alcançam o seu fim, “tel telestai”, visto que não há mais a manutenção do Templo para o sacrifício, restando somente a necessidade de mantimento para aqueles que se tornam reis e sacerdotes de Deus na pregação do Evangelho! Também desaparece o propósito dos dízimos e ofertas dos levitas, visto que não há mais a pessoa do sumo sacerdote segundo a linhagem Araônica! Também não vemos a presença física de Melquizedeque para levarmos a Ele alguma oferta ou dízimo para sacrifícios de expiações pelo pecado. Em Hebreu 4:2 está escrito que a obra da salvação, o Evangelho da Paz, foi pregado primeiramente aos Judeus (por meio dos sacrifícios de animais) e depois foi pregado a nós por meio da realização do sacrifício de Jesus; que aquele que encontra Jesus entra no descanso de Deus a cerca da obra redentora. Em Jesus tudo que se relaciona com o Templo e seu cerimonial está consumado, finalizado, completo. Deus jura que aqueles que insistem em permanecer nas obras mortas da antiga aliança não entrarão no Descanso!
“Pelo que, como diz o Espírito Santo: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações, como na provocação, no dia da tentação no deserto, onde vossos pais me tentaram, pondo-me à prova, e viram por quarenta anos as minhas obras. Por isto me indignei contra essa geração, e disse: Estes sempre erram em seu coração, e não chegaram a conhecer os meus caminhos. Assim jurei na minha ira: Não entrarão no meu descanso”. (Heb. 3:7-11)
Agora, voltemos ao texto clássico dos púpitos: “Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas alçadas. Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós bênção sem medida”.
Vejamos: “mantimento na Casa de Deus”. Mas o que é a habitação de Deus? Com certeza Ele não mora em templos feitos por mãos humanas! Segundo o Evangelho nós fomos feitos para habitação do Espírito de Deus! (1Cor. 3.16; 6.19; 2Cor. 6.16; Ef. 2.21-22; Heb. 3.16). Com tantos textos para confirmar o que é a “Casa de Deus” resta-nos saber como aplicar o texto de Malaquias a estes textos?
Ora, primeiro não vem o natural para depois o espiritual? “Mas não é primeiro o espiritual, senão o animal; depois o espiritual”. Isto também nos ensina que primeiro vem a Lei figurando através dos dízimos e ofertas alçadas (natural) a cerca do pagamento do resgate pelas nossas almas pecadoras, para depois recebermos o espiritual (mantimento) que é Cristo. Lembre-se que no VT o povo comia dos dízimos e das ofertas alçadas junto com os ministros e  Jesus faz o mesmo convite a comer da sua carne e beber do seu sangue como única forma de experimentarmos o pagamento expiatório pelos nossos pecados! Portanto o dízimo fala da celebração da redenção com comida e bebida (Jo. 6: 54-55). Devemos levar para Casa do tesouro “algo” para que não falte “outro algo” nela! E também devemos participar juntamente com aqueles que delas fazem uso por direito! Se Deus me escolheu como lugar da Sua habitação e aqui colocar o Seu NOME então eu sou a casa do Tesouro e Jesus é meu Sumo Sacerdote e também a minha oferta (mantimento) pelo meu pecado. (Heb 3:1-6)
Posso interpretar mantimento de duas maneiras: alimento propriamente dito para o meu corpo (natural), exatamente como aparece nos textos de Atos dos Apóstolos e nas Cartas Paulinas ou alimento para meu espírito (espiritual). Nesta segunda proposta vem a Palavra de Deus:
“Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará; pois neste, Deus, o Pai, imprimiu o seu selo... Eu sou o pão da vida. Vossos pais comeram o maná no deserto e morreram. Este é o pão que desce do céu, para que o que dele comer não morra. Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne. Disputavam, pois, os judeus entre si, dizendo: Como pode este dar-nos a sua carne a comer? Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: Se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia”. (Jo.6.27,48-54).
“E junto do rio, à sua margem, de uma e de outra banda, nascerá toda sorte de árvore que dá fruto para se comer. Não murchará a sua folha, nem faltará o seu fruto. Nos seus meses produzirá novos frutos, porque as suas águas saem do santuário. O seu fruto servirá de [alimento] e a sua folha de remédio”. (Ez.47.12);
“E mostrou-me o rio da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro. No meio da sua praça, e de ambos os lados do rio, estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês; e as folhas da árvore são para a cura das nações. Ali não haverá jamais maldição. Nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão, e verão a sua face; e nas suas frontes estará o seu nome. E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de luz de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os alumiará; e reinarão pelos séculos dos séculos. E disse-me: Estas palavras são fiéis e verdadeiras; e o Senhor, o Deus dos espíritos dos profetas, enviou o seu anjo, para mostrar aos seus servos as coisas que em breve hão de acontecer”. (Ap.22.1-6)
Também fica claro pelos textos acima que Cristo é o alimento espiritual! Então como posso trazer Cristo (meu alimento) através de minhas ofertas de amor? Ouvindo a Palavra de Deus! Eu preciso sustentar “algo” para que não falte mantimento à minha vida, para que eu mantenha a Casa de Deus;  com as minha ofertas de amor devo manter “algo” que me dê alimento durante o ano todo!
Graças a Deus que não se trata de paredes de concretos, nem equipamentos de som ou cadeiras, porque estas coisas não podem me alimentar, e eu preciso ouvir a Palavra de Deus para me alimentar. Lembro-me das passagens onde o próprio Senhor Jesus prega para multidões sem microfone ou cadeiras! Ou mesmo Pedro no Pentecostes pregando e mais de três mil almas se converteram!
Por isso Deus disse: “Trazei todos os dízimos a Casa do tesouro...” Sim, trata-se de homens e mulheres nos quais habita a Palavra de Deus (1 Sm. 3:21; 9: 6-8) e estes podem trazer o alimento de que necessita o meu espírito, e eu devo mantê-los, devo zelar com ofertas de amor para que não lhes falte de beber, comer e o de vestir (Atos 2: 43-47; 6: 1-4).  
“Também vós sabeis, ó filipenses, que, no princípio do evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja comunicou comigo no sentido de dar e de receber, senão vós somente; porque estando eu ainda em Tessalônica, não uma só vez, mas duas, mandastes suprir-me as necessidades”. (Fil. 4: 15-16)
Dizer que há necessidade de templos para “conforto” do ouvinte é muito sugestivo, mas não é bíblico! No mínimo trata-se de um sistema ganancioso, de muito lucro e de vida fácil, envolvendo muitos homens sérios, com temor de Deus, mas que terminam corrompidos pelo sistema humano! Afora as igrejas onde há líderes que não alimentam mais seus rebanhos, a não ser com as mesmas pregações sobre prosperidades, etc. e tal!
O cerimonial foi revogado, não a Lei, mas o cerimonial da Lei, pois em Cristo ele é abolido, fica obsoleto, ultrapassado, inutilizado (Heb. 7: 18-19). O pior disso tudo é que se estas ofertas como sacrifícios estão ainda sendo oferecidas, alguém as está recebendo, mas quem? Jesus diz que duas igrejas ainda oferecem sacrifícios a ídolos (Mamom = riquezas e Baal = fertilidade e prosperidade): Pérgamo e Tiatira!
E mais, Paulo diz que aquele que se casa só poderá se casar novamente se o cônjuge morrer (Rom 7: 1-3), fazendo uma figura da Lei e da Graça. Todos que querem se casar com a Graça, devem fazê-lo com sentimento de que o Cerimonial da Lei morreu, se não, ficará em adultério, visto que quer ser da Graça mas persiste em ter relacionamento com ordenanças do Cerimonial da Lei.
 
É triste vermos quanto dinheiro se gasta fora daquilo que se está ordenado na Palavra! (Is. 55.2). Sei que não é da minha conta onde serão aplicados os recursos, se dentro ou fora do contexto bíblico, mas se conheço a Palavra de Deus, não posso ser conveniente com tais erros, pois assim estarei pecando por omissão de ver meu irmão errar e não lhe admoestar para corrigir do seu erro (Lv. 5:1)!
Reflita meu irmão sobre tudo isto, e espero que não lhe falte entendimento na hora de contribuir. Veja que a Palavra diz qual é a nossa contribuição, mas também nos ensina onde e como contribuir. Fala-se muito em contribuir, mas uma ministração como esta não seria bem recebida em muitas igrejas por aí!
Fiquemos por ora no anonimato e deixemos que a Palavra se cumpra: "Porque não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a vindoura. Por ele, pois, ofereçamos sempre a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome. Mas não vos esqueçais de fazer o bem e de repartir com outros, porque com tais sacrifícios Deus se agrada".(Heb. 13: 14-16)
“Se alguém ensina alguma doutrina diversa, e não se conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina que é segundo a piedade, é soberbo, e nada sabe, mas delira acerca de questões e contendas de palavras, das quais nascem invejas, porfias, injúrias, suspeitas maliciosas, disputas de homens corruptos de entendimento, e privados da verdade, cuidando que a piedade é fonte de lucro; e, de fato, é grande fonte de lucro a piedade com o contentamento”.“Porque nada trouxe para este mundo, e nada podemos daqui levar; tendo, porém, alimento e vestuário, estaremos com isso contentes. Mas os que querem tornar-se ricos caem em tentação e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, as quais submergem os homens na ruína e na perdição. Porque o amor ao dinheiro é raiz de todos os males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores. Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão. Peleja a boa peleja da fé, apodera-te da vida eterna, para a qual foste chamado, tendo já feito boa confissão diante de muitas testemunhas.”(1 Tm.6.3-12)”.
Somente cumprindo o Evangelho poderemos nos afastar dos escândalos, que vez ou outra estamos proporcionando para os pequeninos!

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