“Assim, pois, não
sois mais estrangeiros, nem forasteiros, antes sois concidadãos dos santos e
membros da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos
profetas, sendo o próprio Cristo Jesus a principal pedra da esquina; no qual
todo o edifício bem ajustado cresce para templo santo no Senhor, no qual também
vós juntamente sois edificados para morada de Deus no Espírito.” Efésios
2:19-22.
Acredito que a função
dos ministérios dados a nós pelo Espírito Santo é edificar a Morada de Deus.
Você também pode chamá-la de a “Casa de Deus” conforme Hebreus 3:5-6, ou o
“Tabernáculo de Deus” conforme 2 Cor. 5:1-2, Apocalipse 21:3 e ainda,
“Santuário de Deus” conforme 1 Cor. 3:16; 6:19.
O que realmente
importa é que neste corpo estamos sendo edificados para sermos revestidos de um
corpo imortal, incorruptível que nos aguarda nos céus. O Ap. Paulo ainda nos
diz que este corpo é como um vaso que contém a Glória de Deus (Rom. 9:20-24; 2
Tm. 2:20-21) e que se estiver purificado (santificação pelo Espírito) será para
uso honroso. Ajudar o povo de Deus a buscar ser vaso para honra é uma das
funções dos ministérios, como também unir estes vasos em só Corpo, num mesmo
Espírito, num só Senhor, numa só fé, num só batismo, num só Deus e Pai conforme
Efésios 4: 1-16.
Assim como no passado
Deus apresentou um modelo para ser a sua habitação temporária (Ex. 25:8), e
através de cada utensílio (peça) Ele ensinava, como que por figuras, o
significado para nós que agora vivemos, que assim como há um santuário
terrestre, há também um celestial, um corpo terrestre e um corpo celestial
conforme 1 Cor. 15:40-49. Portanto, se queremos entender o conceito de que
somos habitação temporária de Deus na terra, temos que entender o conceito das
Escrituras antigas a cerca da habitação temporária de Deus conforme o modelo
dado a Moisés.
Este estudo é parte
da função dos ministérios. Pois se estes não levarem o Corpo de Cristo, que
está na terra, a uma consciência daquilo que verdadeiramente somos, nos
encontraremos nus mesmo estando vestidos! (2 Cor. 5:3). Vamos começar esta
construção pelo entendimento do escritor aos Hebreus no capítulo 9:6-12:
“Ora, estando estas
coisas assim preparadas, entram continuamente na primeira tenda os sacerdotes,
celebrando os serviços sagrados; mas na segunda só o sumo sacerdote, uma vez
por ano, não sem sangue, o qual ele oferece por si mesmo e pelos erros do povo;
dando o Espírito Santo a entender com isso, que o caminho do santuário não está
descoberto, enquanto subsiste a primeira tenda, que é uma parábola para o tempo
presente, conforme a qual se oferecem tanto dons como sacrifícios que, quanto à
consciência, não podem aperfeiçoar aquele que presta o culto; sendo somente, no
tocante a comidas, e bebidas, e várias abluções, umas ordenanças da carne,
impostas até um tempo de reforma”. “Mas Cristo, tendo vindo como sumo sacerdote
dos bens já
realizados (em carne, corpo mortal), por meio do maior e mais
perfeito tabernáculo (não feito por mãos, isto é, não desta criação), e não pelo
sangue de bodes e novilhos, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez por todas no santo lugar
(corpo glorificado), havendo obtido uma eterna redenção”.
Este texto do novo
testamento nos remete ao antigo, e como por figura, parábola, nos é apresentado
um significado a cerca do tabernáculo terrestre e do celestial. O terrestre é
limitado a várias ordenanças da carne, isto é, o prestar um culto conforme o
modelo dado a Moisés, porém este culto sofre uma reforma e é desfeito o
primeiro modelo, ou seja, a primeira tenda, quando Jesus por meio do Seu
próprio sacrifício e sangue adentra um maior e mais perfeito tabernáculo. Seu
novo corpo desfaz o modelo das antigas escrituras. Daí a grande preocupação que
os Sacerdotes tinham em relação a Jesus no evangelho. Prestem atenção:
“Protestaram, pois,
os judeus, perguntando-lhe: Que sinal de autoridade nos mostras, uma vez que
fazes isto? Respondeu-lhes Jesus: Derribai este santuário, e em três dias o levantarei.
Disseram, pois, os judeus: Em quarenta e seis anos foi edificado este
santuário, e tu o levantarás em três dias? Mas ele falava do santuário do seu
corpo.” (Jo. 2:18-21).
Esta preocupação na
verdade os conduziu ao ódio, pois não entendiam e não aceitavam o que Jesus
falava. Foi por causa desse ódio que foram
levados a seguinte idéia:
“Então os principais
sacerdotes e os fariseus reuniram o sinédrio e diziam: Que faremos? porquanto
este homem vem operando muitos sinais. Se o deixarmos assim, todos crerão nele,
e virão os romanos, e nos tirarão tanto o nosso lugar como a nossa nação. Um
deles, porém, chamado Caifás, que era sumo sacerdote naquele ano, disse-lhes:
Vós nada sabeis, nem considerais que vos convém que morra um só homem pelo
povo, e que não pereça a nação toda. Ora, isso não disse ele por si mesmo; mas,
sendo o sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus havia de morrer pela
nação, e não somente pela nação, mas também para congregar num só corpo os
filhos de Deus que estão dispersos. Desde aquele dia, pois, tomavam conselho
para o matarem.” Aliás, quando não entendemos alguma coisa (da mente do
Espírito) temos a tendência de odiar a mente que nos fala das coisa
espirituais, só porque não a compreendemos! 1 Cor. 2:14.
Vejam também que o
primeiro mártir da igreja (Estevão) foi
morto pelo mesmo ódio e motivo:
“Assim excitaram o
povo, os anciãos, e os escribas; e investindo contra ele, o arrebataram e o
levaram ao sinédrio; e apresentaram falsas testemunhas que diziam: Este homem
não cessa de proferir palavras contra este santo lugar e contra a lei; porque
nós o temos ouvido dizer que esse Jesus, o nazareno, há de destruir este lugar
e mudar os costumes que Moisés nos transmitiu.” (Atos 6:12-14).
Se você é religioso
poderá correr o mesmo risco ao se deparar com a verdade que a Escritura diz a cerca
do que seja o Templo. E a partir de agora, buscaremos entender o significado da
Tenda (Tabernáculo) do antigo testamento, e conduzir a nossa consciência ao
conhecimento da verdade a cerca desse nosso tabernáculo terrestre (corpo), que
nos foi dado temporariamente a fim de aprendermos, através deste, o significado
daquele que esperamos!
O velho testamento
nos foi dado como exemplo das coisas que são e hão de serem manifestas (Rom
15:4; 1 Cor. 10:11), mas se olharmos para ele apenas como livros históricos
nada se nos aproveitará. Assim precisamos em primeiro lugar nos libertar das
ficções e sofismas que nos foram passados ao longo destes anos e levar nossas
consciências cativas ao Espírito de Cristo (2 Cor. 10:5), que aperfeiçoa nossos
espíritos (mentes) (Hb. 12:22-24) a fim de nos conhecermos melhor e nos
integrarmos com a verdade dEle.
Penso que se fossemos
relacionar todos os detalhes que são descritos no livro do Êxodo a cerca da
construção do Tabernáculo, esta vida não seria suficiente para terminar este
estudo. Assim faremos um estudo simples, porém sem perder a essência daquilo
que estamos edificando. Mesmo porque, os princípios que usaremos para esta
edificação serão como “ferramentas em mãos do artífice” (1 Cor. 3:10), que por si mesmo poderá
continuar a edificar, porém não sem a Unção do Santo, pois sem Ela não se chega
a perfeição! (1 Jo. 2:26-27).
O Tabernáculo foi
construído para possuir três ambientes. O átrio ou Pátio (parte não coberta) com um altar para os sacrifícios, depois outra
parte (coberta) chamada Lugar Santo
e finalmente uma terceira parte (coberta)
chamada Santo dos Santos ou Santíssimo lugar. O fato de se terem partes
cobertas e não cobertas demonstra lugares que se podem se ver ou entrar. Por
exemplo, no átrio temos o lugar dos sacrifícios visível a todo o povo; no Lugar
Santo apenas os sacerdotes poderiam adentrar, e no Santíssimo somente o Sumo-sacerdote
e apenas uma vez ao ano. Agora vamos
buscar o entendimento a cerca desta divisão em nós, se nos conhecermos como
Tabernáculo de Deus na terra. Paulo nos ensina que os nossos membros (Mãos, pés, língua,
ouvidos, olhos, etc) servem agora como instrumentos de justiça e de adoração.
Vejam:
“Falo como homem, por
causa da fraqueza da vossa carne. Pois assim como apresentastes os vossos membros
como servos da impureza e da iniqüidade para iniqüidade, assim apresentai agora
os vossos membros como servos da justiça para santificação.” (Rm 6:19). “Rogo-vos
pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um
sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.” (Rm
12:1).
Se com o culto dos
bens (corpo expiatório) realizado no tabernáculo de Moisés se ofereciam
holocaustos e sacrifícios é certo que com o culto dos bens (corpo) prestado neste
tabernáculo também se façam as mesmas ofertas, porém é necessário que
entendamos que estas não se fazem mais por meio de sacrifícios de animais, mas
com o nosso próprio corpo e membros podemos oferecer a Deus sacrifícios de
louvor. Portanto, o pátio nos remete ao corpo físico, pois este é visto e
percebido por todos, e toda a adoração a Deus é manifestada através dele.
Depois adentramos a
área que é coberta e que não pode ser vista pelo povo, mas somente por aqueles
que tem autorização para estarem lá: o Lugar Santo. Isto no remete a um lugar
em nós que somos feito e que as pessoas
não podem ver, mas sabem o que acontece lá: Nossa Alma e figurativamente
conhecida por nosso “coração”.
Aqui teremos muito
que falar e introduziremos esse assunto a partir dos utensílios dispostos neste
ambiente com seus significados.
Temos que entender
que assim como o tabernáculo de Moisés é a figura do tabernáculo/Corpo do
Cristo (JESUS) e que todos os utensílios usados possuem sempre a ordem de serem
ungidos e santificados, nós assim também estamos sendo edificados para sermos
esse tabernáculo tanto nesta vida como na vindoura.
“Como podeis crer,
vós que recebeis glória uns dos outros e não buscais a glória que vem do único
Deus? Não penseis que eu vos hei de acusar perante o Pai. Há um que vos acusa,
Moisés, em quem vós esperais. Pois se crêsseis em Moisés, creríeis em mim;
porque de mim ele escreveu. Mas, se não credes nos escritos, como crereis nas
minhas palavras?” (Jo. 5:44-47).
Vejam o que está
escrito no Livro do Êxodo:
“Depois disse o
Senhor a Moisés: No primeiro mês, no primeiro dia do mês, levantarás o
tabernáculo da tenda da revelação, e porás nele a arca do testemunho, e
resguardaras a arca com o véu. Depois colocarás nele a mesa, e porás em ordem o
que se deve pôr em ordem nela; também colocarás nele o candelabro, e acenderás
as suas lâmpadas. E porás o altar de ouro para o incenso diante da arca do
testemunho; então, pendurarás o reposteiro da porta do tabernáculo. E porás o
altar do holocausto diante da porta do tabernáculo da tenda da revelação. E
porás a pia entre a tenda da revelação e o altar, e nela deitarás água. Depois
levantarás as cortinas do átrio ao redor, e pendurarás o reposteiro da porta do
átrio. Então tomarás o óleo da unção e ungirás o tabernáculo, e tudo o que há
nele; e o santificarás, a ele e a todos os seus móveis; e será santo. Ungirás
também o altar do holocausto, e todos os seus utensílios, e santificarás o
altar; e o altar será santíssimo. Então ungirás a pia e a sua base, e a
santificarás.” (Ex. 40:1-11).
Amados, existem três
utensílios no Lugar Santo: A Mesa da Preposição (ou da Presença), o Candelabro
para iluminar e o Altar de ouro para o incenso.
Na mesa estavam
permanentemente 12 pães que seriam trocados a cada 7 dias. O significado para
eles era que cada pão representava uma das 12 tribos e o cuidado (provisão) de
Deus para o povo que sobreviveu saindo do Egito e habitando no deserto. Além
destes significados, encontramos muitos outros para nós hoje. Por exemplo, que
fomos comprados por bom preço e não estamos mais debaixo da escravidão do
pecado, portanto não recebemos mais o cuidado daquele nos escravizava, mas
recebemos provisão dos Céus, dEste que agora nos supre em todas as coisas. (Fl.
4:19). Os pães também falam do corpo de 7 dias, pois Deus fez a criação em 7
dias mas descansou no 7º para nos prover um novo corpo em eternidade. Mas quero
ressaltar um significado ainda maior. Se aquele tabernáculo representa Cristo,
ouça:
“Perguntaram-lhe,
então: Que sinal, pois, fazes tu, para que o vejamos e te creiamos? Que operas
tu? Nossos pais comeram o maná no
deserto, como está escrito: Do céu deu-lhes pão a comer. Respondeu-lhes Jesus:
Em verdade, em verdade vos digo: Não foi Moisés que vos deu o pão do céu; mas
meu Pai vos dá o verdadeiro pão do céu. Porque o pão de Deus é aquele que desce
do céu e dá vida ao mundo. Disseram-lhe, pois: Senhor, dá-nos sempre desse pão.
Declarou-lhes Jesus. Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim, de modo algum
terá fome, e quem crê em mim jamais terá sede. Mas como já vos disse, vós me
tendes visto, e contudo não credes.” (Jo. 6:30-36). “o pão nosso de cada dia
nos dá hoje;” (Mt. 6:11).
Isto significa que em
nosso interior deve haver Pão do Céu. Talvez agora muitos possam entender
porquê, mesmo sendo consagrado a Deus os pães da preposição, não impediram Davi
e seus companheiros quando estavam famintos de entrar no templo e saciar a sua
fome com eles! (1 Sm 21:4-6; Mateus 12:3-4; Sl. 132:13-16). Hoje, só existe um
alimento para nossa alma: A PALAVRA de DEUS. Ela é o pão que nos é dado
diariamente, sem medida, e que deve ser renovada em nós periodicamente.
O Candelabro nos
reserva inúmeros significados. Apenas alguns serão vistos aqui. Diz que a
função dele era iluminar o que estava a sua frente. Conforme a descrição que
segue em Ex. 40:17-33:
“...Pôs também na
tenda da revelação o candelabro defronte da mesa, ao lado do tabernáculo para o
sul, e acendeu as lâmpadas perante o Senhor, como o Senhor lhe ordenara.” (vs 24,
25). Este Candelabro nos remete aos sete candelabros de Apocalipse 1:20,
indicando assim que a função deles é revelar (iluminar) o Pão que desceu do
Céu. O Candelabro foi feito de vários componentes. Em ouro fundido significando
igrejas forjadas na prova do fogo (1 Pe 1:6-7; 2 Ts 1:3-12), em uma só peça, falando
assim de unidade e semelhança entre elas, e possuindo lâmpadas que deveriam ser
alimentadas por combustível vegetal (azeite), o mesmo utilizado para ungir os
utensílios do tabernáculo. De forma que as sete igrejas do Apocalipse não são
denominações ou religiões mas igrejas (pessoas) que estão sendo edificadas a
partir do fundamento Cristo conforme 1 Cor. 3:10-11. O Candelabro servia a Luz
para o ambiente por 24 horas, sendo que nas doze horas do dia apenas uma
lâmpada central era mantida acesa enquanto que nas doze horas da noite todas
deveriam permanecer acesas. Isto significa que “luz” na “Luz” somente a Luz que
precisa, enquanto que Luz nas trevas todas as lâmpadas devem estar funcionando.
Mas queremos
ressaltar uma função ainda maior do que tudo isto que vimos: O AZEITE.
Segundo a Lei ele
deveria ser trazido pelo próprio povo. Seguia-se o costume de colherem as
azeitonas e levarem para casa e com auxilio de um pilão baterem as azeitonas e
depois depositarem, em um saco pendurado, a massa moída, para que aos poucos o
óleo fosse sendo extraído e separado da massa. Este óleo era usado para compor
o óleo da unção e para combustível das lâmpadas do Candelabro. (Ex. 27:20; 30:22-33;
Lv. 24:2). Ora o significado disso tudo é um só. O Óleo para unção como o
combustível para iluminar o tabernáculo nos fala do Espírito Santo de Deus.
Em Mateus 25 vemos
Jesus trazer uma parábola a cerca das 10 noivas (virgens) que tinham uma
lâmpada cada. O texto gira em torno das que possuem azeite e das que não o tem
em abundância. Exatamente a falta de azeite revela uma igreja com pouca ou sem
LUZ. Uma igreja sem Luz não pode mostrar o NOIVO nem tão pouco revelá-lo. É por
isso que nesta parábola Jesus diz que o noivo responde a essas que não tinham
do SEU azeite a seguinte frase: Não vos conheço.
Amados, a função do
Espírito Santo é revelar-nos Jesus e fazer com que outros o vejam revelado em
nós. Outra função é nos identificar como sendo pertencentes a Cristo. Trata-se
de um selo, uma garantia, um penhor da nossa redenção. ( 2 Cor. 1:21-22; Ef.
1:13-14; 2 Tm 2:19). Mas se o Candelabro é aquilo que ilumina o suprimento é
por meio dele que encontramos revelação na Palavra de Deus. Ele conduz nossas
almas para Cristo o tempo todo, nos fornecendo Lâmpada para nossos pés e Luz
para os nossos caminhos (Sl. 119:105). Na seqüência veremos o altar do incenso
e sua função e significado. Ouçam:
“E porás o altar
diante do véu que está junto à arca do testemunho, diante do propiciatório, que
se acha sobre o testemunho, onde eu virei a ti. E Arão queimará sobre ele o
incenso das especiarias; cada manhã, quando puser em ordem as lâmpadas, o
queimará.” (Ex. 30:6-7). Este incenso era feito segundo várias especiarias e
produzia, quando queimado, uma fumaça aromática como um cheiro suave. O Ap. Paulo
diz que em nós se encontra o bom perfume de Cristo:
“Graças, porém, a
Deus que em Cristo sempre nos conduz em triunfo, e por meio de nós difunde em todo
lugar o cheiro do seu conhecimento; porque para Deus somos um aroma de Cristo,
nos que se
salvam e nos que se perdem. Para uns, na verdade, cheiro de morte para morte; mas para
outros, cheiro de vida para vida. E para estas coisas quem é idôneo?
Porque nós não somos falsificadores da palavra de Deus, como tantos outros; mas
é com sinceridade, é da parte de Deus e na presença do próprio Deus que, em
Cristo, falamos.” (2 Cor. 2:14-17).
Por último e mais
importante o Santo dos Santos. Este ambiente era separado dos demais por um
véu. Como que se aquilo que estivesse dentro fosse inacessível ao homem comum.
Nele estava uma arca: “Também farão uma arca de madeira ,de acácia; o seu
comprimento será de dois côvados e meio, e a sua largura de um côvado e meio, e
de um côvado e meio a sua altura. E cobri-la-ás de ouro puro, por dentro e por
fora a cobrirás; e farás sobre ela uma moldura de ouro ao redor; e fundirás
para ela quatro argolas de ouro, que porás nos quatro cantos dela; duas argolas
de um lado e duas do outro. Também farás varais de madeira de acácia, que
cobrirás de ouro. Meterás os varais nas argolas, aos lados da arca, para se
levar por eles a arca. Os varais permanecerão nas argolas da arca; não serão
tirados dela. E porás na arca o testemunho, que eu te darei. Igualmente farás
um propiciatório, de ouro puro; o seu comprimento será de dois côvados e meio,
e a sua largura de um côvado e meio. Farás também dois querubins de ouro; de
ouro batido os farás, nas duas extremidades do propiciatório. Farás um querubim
numa extremidade e o outro querubim na outra extremidade; de uma só peça com o
propiciatório fareis os querubins nas duas extremidades dele. Os querubins
estenderão as suas asas por cima do propiciatório, cobrindo-o com as asas,
tendo as faces voltadas um para o outro; as faces dos querubins estarão
voltadas para o propiciatório. E porás o propiciatório em cima da arca; e
dentro da arca porás o testemunho que eu te darei. E ali virei a ti, e de cima
do propiciatório, do meio dos dois querubins que estão sobre a arca do
testemunho, falarei contigo a respeito de tudo o que eu te ordenar no tocante aos
filhos de Israel.(Ex. 25:10-22).
A partir de agora, só
veremos a Jesus no Santos dos Santos. Dentro da Arca estava contido: Um pote
com uma porção do Maná, uma vara que floresceu na mão de Arão e as tábuas de
pedra com os dez mandamentos. A simbologia destes três elementos fala o tempo
todo de Jesus. Ele é o mandamento de Deus, a provisão de Deus e o ramo que
mesmo cortado da terra reviveu. “Dentro da Arca” fala daquilo que esta oculto
aos olhos dos homens mas que agora rasgando-se o véu que nos separava de vê-lo
podemos ter livre acesso a Ele e o adorar em espírito e em verdade. Outras
revelações podem ser tiradas destas figuras, mas a que mais me impressiona é a
de ver Deus se manifestar e falar sobre a ARCA entre os Querubins:
“E ali virei a ti, e
de cima do propiciatório, do meio dos dois querubins que estão sobre a arca do
testemunho, falarei contigo a respeito de tudo o que eu te ordenar no tocante
aos filhos de Israel”.(Ex. 25:22). Esta parte é tremenda pois das coisas que
faltam ser comparadas a nós aqui é o espírito do homem (sua mente). Vimos o
átrio como Corpo, o Lugar Santo como a Alma e agora o espírito como o Santo dos
Santos. Isto determina uma verdade: Deus não se manifesta no Lugar Santo, só no
Santíssimo e fala de cima do Propiciatório que cobre a ARCA do Concerto, ou
seja, nunca você ouvirá a Deus em seus membros (ouvidos), nem mesmo em seu
coração (não se pode confiar nele conforme Jeremias 17:9), mas somente em seu
espírito (mente). Ele falará contigo e tudo quanto Ele te disser o Filho te
revelará. Ouçam:
”Naquele tempo falou
Jesus, dizendo: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque
ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos.
Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado. Todas as coisas me foram entregues
por meu Pai; e ninguém conhece plenamente o Filho, senão o Pai; e ninguém
conhece plenamente o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser
revelar”. (Mt. 11:25-27).
Nós não podemos dizer
que este estudo termina aqui, pois isto reduziria a nada a obra tão maravilhosa
descrita nas Escrituras. Mas assim como a nós nos foi dado o conhecer de Deus,
assim transmitimos com verdade e não com engano uma revelação simples do que
propomos aqui:
EDIFICAR A IGREJA DO
SENHOR NA TERRA, A QUAL AS PORTAS DO INFERNO NÃO PODERÃO JAMAIS PREVALECER
CONTRA ELA.
Esta é a nossa função Amados, como bons despenseiros
(1 Cor. 4:1-2) da Graça de Cristo formar em cada indivíduo na terra uma igreja
ou Templo. Meditem nas igrejas do Apocalipse e vejam como está a que foi
edificada em você. Com qual delas você se parece? Que o Espírito Santo de Deus,
o qual é a unção da qual precisamos para nos guiar em toda a verdade seja seu
combustível na Luz do Evangelho que resplandece em tua vida. Deus te abençoe.
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